"É um governo que envelheceu precocemente. Em um semestre, quatro ministros caíram; três deles por denúncias graves de corrupção e um quarto por incontinêcia verbal. Na economia, dá continuidade ao que seu antecessor vinha fazendo, ou seja, beneficiar fundamentalmente o setor financeiro, o grande capital como nunca antes se viu neste país. Por outro lado, inacreditavelmente, não deu aumento real ao salário mínimo, interrompendo uma prática que tinha 16 anos, desde o governo Fernando Henrique Cardoso, passando pelo governo Lula. Vetou o reajuste das aposentadorias e pensões acima de cinco salários mínimos. Péssimo sinal de que o ajuste a ser feito para enfrentar a crise econômica que se avizinha-e não é marolinha-vai penalizar trabalhadores e continuar subalterno aos interesses da banca nacional e internacional.E no entanto, decidiu colocar mais R$ 10 bilhões para pagar juros da dívida pública, e o corte de despesas não são aonde deveria se dar,por exemplo, na diminuição dos 39 ministérios,redução dos desmesurados cargos em comissão que servem para aparelhamento do Estado e gastar menos com propaganda,além de outros cortes nos desperdícios que são muitos. Melhorar os serviços públicos como por exemplo na saúde que seria bom não ocorre, vide, a não aprovação da emenda 29( que regulamenta os gastos dos três níveis de governo com o setor da saúde) que como candidata havia se comprometido a aprovar e não o faz."
Roberto Freire, deputado federal (SP) e presidente do PPS. Entrevista Panorama Mercantil
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