sábado, 23 de fevereiro de 2013

Na Globo News, Freire aponta desgaste do PT e diz que Campos pode ser 'bloco alternativo' em 2014

Para Roberto Freire, candidatura de Eduardo Campos ganha força

Por: Fábio Matos - Assessoria do parlamentar

O deputado federal Roberto Freire (SP), presidente do PPS, debateu a sucessão presidencial de 2014 no programa Entre Aspas, da Globo News, com Beto Albuquerque (PSB-RS) e a jornalista Mônica Waldvogel

Após dez anos governando o Brasil e em meio às graves dificuldades na economia e a uma série de problemas de infraestrutura, o PT já dá sinais de desgaste junto à população e “cansaço de material”. Esta é a avaliação do deputado federal Roberto Freire (SP), presidente nacional do PPS, um dos entrevistados da última quinta-feira (21) pelo programa “Entre Aspas”, exibido pela Globo News e apresentado pela jornalista Mônica Waldvogel. Além de Freire, participou do debate o líder do PSB na Câmara, deputado Beto Albuquerque (RS).


Assista: Veja a íntegra do programa ‘Entre Aspas’ que contou com a participação do deputado Roberto Freire


Ao analisar as primeiras movimentações das principais forças políticas do país com vistas à sucessão presidencial de 2014, Freire e Albuquerque citaram o protagonismo que vem sendo assumido pelo presidente nacional do PSB, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Mesmo ainda fazendo parte da base aliada do governo de Dilma Rousseff, ele vem sendo cotado como provável candidato ao Planalto no ano que vem.

“Quem está na política tem o sonho de disputar a Presidência da República. No caso do Eduardo Campos, está se delineando uma circunstância muito especial. Nós estamos em um processo de ascendência de uma nova geração na política brasileira, e isso ficou claro na última eleição. O PT está há muito tempo no governo e há certo cansaço de material”, apontou Freire, que criticou a “perda permanente dos valores republicanos e de mudança” por parte do PT.

“Eu costumo dizer que Eduardo sairá candidato não como oposição, mas como bloco alternativo”, continuou Freire. “E quero dizer que nós, do PPS, estamos olhando isso com muita simpatia. Vamos tentar trazer para o bloco que aí está [de oposição ao governo Dilma] mais uma parceria.”

Já o líder do PSB na Câmara fez coro àqueles que acreditam na candidatura presidencial do governo pernambucano. “Se depender de mim, o Eduardo Campos é candidatíssimo a presidente”, afirmou Albuquerque, que citou como exemplo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, derrotado três vezes em eleições presidenciais antes de ser vencer o pleito de 2002.

O deputado gaúcho não se furtou a enumerar alguns dos mais graves problemas enfrentados hoje pelo Brasil. “É inegável que a economia brasileira sofre, está instável nos seus pilares. Há muita desconfiança dos investidores internacionais. Há o problema da seca no Nordeste”, disse.

Crise

Para o deputado Roberto Freire, apesar de o discurso oficial do governo petista minimizar os gargalos do país em infraestrutura e a estagnação econômica, não há dúvida de que o Brasil atravessa um momento muito delicado. “A nossa economia não está enfrentando dificuldades, está em uma crise. E com um governo incompetente, o que é pior”, afirmou o presidente do PPS. “A inflação, se está quase na meta, está muito acima da meta para o setor de menor renda... Ele [Beto Albuquerque] está aqui dizendo que tem crise e é líder de um partido que está na base. E o governo não quer admitir que tem crise.”

Freire divergiu do deputado do PSB, que criticou a antecipação do debate sobre o processo eleitoral de 2014, atribuída por Albuquerque ao ex-presidente Lula. “Lá nos Estados Unidos, por exemplo, isso [o longo debate sobre a eleição muitos meses antes da disputa] não atrapalha. Ao contrário. Quem sabe, com isso, esses temas serão enfrentados e os contendores futuros vão ter de se posicionar”, disse Freire.

Sobre a decisão de Lula de lançar Dilma à reeleição no próximo ano, Roberto Freire demonstrou certa cautela. “Não escrevo o que o Lula diz. Lançou Dilma, mas pode ser ele o candidato. Vai depender da situação da economia. Vai depender das investigações do Ministério Público [sobre as denúncias de Marcos Valério contra o ex- presidente em relação ao mensalão]. Ele está acuado. Quem sabe se ele não vai correr para ser candidato”, afirmou.

Além de falar sobre Eduardo Campos e Dilma Rousseff, Freire e Albuquerque também debateram as primeiras articulações de outros presidenciáveis, como o senador tucano Aécio Neves (PSDB-MG) e a ex-ministra Marina Silva, que tenta fundar um novo partido, o Rede Sustentabilidade, para concorrer à Presidência mais uma vez.

Fonte: Portal do PPS

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