Antecipando-se ao protesto antigoverno programado para amanhã, centrais sindicais, grupos de trabalhadores e movimentos sociais protagonizaram ontem, em várias cidades do país, manifestações em defesa da Petrobras, da democracia e da presidente Dilma Rousseff.
Apesar da pauta diversificada, que incluiu demandas específicas de algumas categorias, a mobilização teve também um sentido de rejeição à possibilidade de impeachment presidencial que vem sendo levantada por alguns setores da sociedade e por lideranças políticas.
Independentemente da quantidade de manifestantes ou das entidades que os mobilizaram, o importante é que as concentrações e as caminhadas foram pacíficas, sem mascarados, sem provocações, sem depredações e sem resistências de quem pensa diferente. É o que também se espera do movimento previsto para este domingo.
Se as manifestações transcorrerem de forma civilizada, mesmo com o clima de belicismo existente nas redes sociais, os brasileiros estarão reforçando a democracia – e não forçando uma eventual ruptura democrática como alegam os críticos dos defensores do impeachment. Como lembrou a própria presidente Dilma, todos podem e devem se manifestar livremente – desde que ajam sem violência. Criticar os governantes, apoiá-los, defender a Petrobras e pedir a punição dos corruptos, reclamar da inflação e do custo de vida, defender causas setoriais – tudo isso é do jogo democrático. Mas o compromisso definitivo com a democracia é respeitar as manifestações, mesmo discordando de suas bandeiras.
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