sábado, 31 de dezembro de 2011

Impacto na eleição municipal

Ela aprovou tudo o que quis no Congresso sem quase mexer no cofre. Assim termina o primeiro ano financeiro do mandato da presidente Dilma Rousseff. Os parlamentares bem que tentaram. Fizeram barulho, trabalharam em esquema de "operação-padrão" no primeiro semestre, mas, no fim das contas, Dilma venceu a queda de braço. Trocou o comando do Ministério das Relações Institucionais (Luiz Sérgio por Ideli Salvatti) e reestruturou o modelo de negociação do Planalto com o Congresso criando a figura de um triunvirato ministerial com a anexação de Gleisi Hoffman e Gilberto Carvalho.

Com isso, o que era trabalho para um tornou-se missão de três ministros. A dissipação do poder prejudicou a pressão que os congressistas fazem em busca de recursos da União para bases eleitorais. Dois dias antes do fechamento do sistema de execução orçamentária, quando a pressão por empenhos aumenta o clima na Esplanada, a presidente autorizou as férias dos ministros titulares das pastas mais cobiçadas e deixou os congressistas falando sozinhos. Assim, grande parte das emendas não vai vingar nem mesmo como restos a pagar no orçamento de 2012.

A política de austeridade provoca impacto na corrida pelas prefeituras. Deputados e senadores vão encarar a maratona de palanques nas eleições municipais de 2012 sem grandes vantagens para contar em termos de benefícios alcançados junto ao governo federal. E quem quiser aumentar as chances de ter as emendas empenhadas, que direcione os recursos para a saúde, a educação e os projetos sociais do governo, sinaliza o Planalto. (JJ e KC)

FONTE: CORREIO BRAZILIENSE

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