quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Freire defende alternativa à candidatura oficial e à oposição tradicional

Valéria de Oliveira e Nadja Rocha

O presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire (SP), defendeu, em reunião da Executiva Nacional do partido e de sua bancada na Câmara, nesta terça-feira, em Brasília, a formação de um bloco partidário alternativo aos que estão colocados para a disputa à Presidência da República. Segundo ele, está havendo uma fratura na base governista e Eduardo Campos (PSB), governador de Pernambuco, é um nome a ser analisado.

“Precisamos ter em nosso planejamento que o PPS deve trabalhar por um bloco democrático e republicano, alternativo ao que atualmente é hegemônico e também ao que está sendo posto pela oposição formada pelos partidos da política tradicional”, disse Freire, ao analisar a conjuntura política.

Ele defendeu que essa força trabalhe “pela remoção das estruturas contra a democracia e as instituições”. Roberto Freire considerou um “equívoco” o PT e o PSDB abrirem a corrida eleitoral discutindo o passado, “quando o mais interessa ao país e aos brasileiros é o projeto de Brasil que as forças políticas têm o dever de apresentar”.

Na opinião de Freire, o PPS “precisa começar a trabalhar para ser uma das forças desse bloco que vai quebrar a bipolaridade que insiste em balizar a política brasileira”. Ele chamou a atenção dos membros da Executiva e da bancada para os nomes que estão sendo colocados como prováveis postulantes ao Palácio do Planalto, fora da opção Dilma Rousseff. Observou que a ex-ministra Marina Silva, com seu novo partido, não se posicionou como esquerda, mas “pelo menos, não é governo”.

Antecipação

Freire questionou o porquê de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter lançado a candidatura da presidente Dilma Rousseff no aniversário do PT, antecipando o debate eleitoral. Para ele, pode ser que estejam ocorrendo fraturas na base aliada ou mesmo contradições dentro do próprio PT. Outros, acrescentou o dirigente, pensam que Dilma está se sentindo fragilizada e por isso forçou essa atitude de Lula.

Entretanto, caso o Ministério Público de Minas Gerais comece as investigações sobre a participação de Lula no mensalão, denunciada por Marcos Valério, o próprio ex-presidente pode mudar esse quadro e se candidatar, avaliou o deputado.

Freire disse não ser contra o debate eleitoral neste momento de crise. “Acho que os partidos trazem para o debate propostas com mais qualidade, já que elas partem de prováveis candidatos a presidente da República”, disse.

Fonte: Portal do PPS

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