Elizabeth Lopes – O Estado de S. Paulo
A pesquisa Datafolha divulgada há pouco indica um crescimento da candidata do PSB, Marina Silva, que começa a se cristalizar e extrapola a comoção provocada pela morte do ex-governador Eduardo Campos. Ela está tirando votos dos seus concorrentes, da presidente e candidata à reeleição pelo PT, Dilma Rousseff, e do candidato do PSDB, senador Aécio Neves. O maior prejudicado pelos números divulgados hoje é o senador Aécio Neves.
O crescimento de 13 pontos porcentuais da candidatura Marina pode fazer com que seu oponente tucano, que está perdendo fôlego na corrida eleitoral, perca ainda mais pontos se o eleitorado que deseja mudanças apostar no voto útil, ou seja, na ex-senadora, que está em franco crescimento. A avaliação é do especialista em pesquisa eleitoral e marketing político Sidney Kuntz.
A pesquisa Datafolha mostrou o crescimento de Marina de 21% para 34%, a oscilação negativa de Dilma de 36% para 34% e a queda de Aécio de 20% para 15%. A margem de erro da mostra é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos.
Segundo o analista, a onda positiva de Marina Silva deve continuar crescendo, pois a tendência dela nas últimas mostras eleitorais está nesta trajetória. "Acho muito difícil tirar sua candidatura do segundo turno, a não ser que uma hecatombe mude tudo novamente, o que eu não creio", destacou Kuntz.
Ele destaca ainda que, com base nas projeções de segundo turno em uma eventual disputa de Marina com Dilma, a candidata do PSB abriu uma margem de diferença de dez pontos porcentuais, com 50% contra 40% da petista. "Esses números são uma indicação de que Marina está mesmo tirando eleitorado de seus concorrentes", afirma.
Para o analista, se for levado em conta o número de votos nulos e brancos e de indecisos (que somam 14% nas projeções de primeiro turno), e a onda em torno de sua candidatura, é bem provável que Marina atinja níveis acima dos 40% nas próximas mostras. "Além disso, Marina foi muito bem no debate da Band e na entrevista do Jornal Nacional, o que pode levar o eleitorado a apostar em sua eleição", complementa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário