O francês Vicent Cassel em
"A Deriva" de Heitor Dhalia,
que integra a mostra " Um Certo
Olhar"
Luiz Carlos Merten, CANNES
DEU EM O ESTADO DE S. PAULO / Caderno 2
Eduardo Valente representa o País com No Meu Lugar e Heitor Dhalia, À Deriva
Tão logo À Deriva foi confirmado na seleção oficial, integrando a mostra Un Certain Regard, cujo júri é presidido por Paolo Sorrentino, Heitor Dhalia disse ao repórter do Estado que ir a Cannes era um sonho antigo, de cinéfilo. E acrescentou que o filme, história de uma iniciação, sobre um fundo de praia, é bem diferente dos que fez antes, Nina e O Cheiro do Ralo. "É mais delicado e tem visual mais bonito."
Nos últimos anos, o cinema brasileiro tem se destacado nessa mostra Um Certo Olhar, que muitos críticos consideram a mais ousada e criativa do festival. À Deriva segue a trilha de Cidade Baixa e O Céu de Sueli, de A Festa da Menina Morta, todos exibidos nesta seção prestigiada. Há outro longa nacional na seleção oficial. No Meu Lugar terá sessão especial no palais, um direito que o diretor Eduardo Valente adquiriu quando seu curta Céu Alaranjado ganhou a Palma de Ouro da Cinéfondation.
No Meu Lugar passou em janeiro no Festival de Tiradentes. Fez sucesso de crítica, mas também desencadeou polêmica. Valente, que é crítico, não aprecia o cinema do mexicano Alejandro González Iñárritu e tampouco vê com bons olhos o flerte do cinema brasileiro atual com a favela, como se só existisse esse cenário, para não dizer tema, para refletir o País. Mas o filme dele tem favela e também tem multiplot, aquele tipo de trama em aberto que Iñárritu transformou em sua marca para expressar a Babel contemporânea.
No blog do repórter, no portal do Estado, Valente mantém a crítica, mas defende seu direito a usar multiplot e favela, diferentemente da forma como são utilizados por outros diretores. A expectativa por No Meu Lugar é grande. O filme integra uma seleção de obras importantes em exibição especial. Cendres et Sang, longa de estreia de Fanny Ardant; L?Épine dans le Coeur, o novo Michel Gondry; e Dis-Moi Que Tu..., de Suleymane Cissé, são os demais.
DEU EM O ESTADO DE S. PAULO / Caderno 2
Eduardo Valente representa o País com No Meu Lugar e Heitor Dhalia, À Deriva
Tão logo À Deriva foi confirmado na seleção oficial, integrando a mostra Un Certain Regard, cujo júri é presidido por Paolo Sorrentino, Heitor Dhalia disse ao repórter do Estado que ir a Cannes era um sonho antigo, de cinéfilo. E acrescentou que o filme, história de uma iniciação, sobre um fundo de praia, é bem diferente dos que fez antes, Nina e O Cheiro do Ralo. "É mais delicado e tem visual mais bonito."
Nos últimos anos, o cinema brasileiro tem se destacado nessa mostra Um Certo Olhar, que muitos críticos consideram a mais ousada e criativa do festival. À Deriva segue a trilha de Cidade Baixa e O Céu de Sueli, de A Festa da Menina Morta, todos exibidos nesta seção prestigiada. Há outro longa nacional na seleção oficial. No Meu Lugar terá sessão especial no palais, um direito que o diretor Eduardo Valente adquiriu quando seu curta Céu Alaranjado ganhou a Palma de Ouro da Cinéfondation.
No Meu Lugar passou em janeiro no Festival de Tiradentes. Fez sucesso de crítica, mas também desencadeou polêmica. Valente, que é crítico, não aprecia o cinema do mexicano Alejandro González Iñárritu e tampouco vê com bons olhos o flerte do cinema brasileiro atual com a favela, como se só existisse esse cenário, para não dizer tema, para refletir o País. Mas o filme dele tem favela e também tem multiplot, aquele tipo de trama em aberto que Iñárritu transformou em sua marca para expressar a Babel contemporânea.
No blog do repórter, no portal do Estado, Valente mantém a crítica, mas defende seu direito a usar multiplot e favela, diferentemente da forma como são utilizados por outros diretores. A expectativa por No Meu Lugar é grande. O filme integra uma seleção de obras importantes em exibição especial. Cendres et Sang, longa de estreia de Fanny Ardant; L?Épine dans le Coeur, o novo Michel Gondry; e Dis-Moi Que Tu..., de Suleymane Cissé, são os demais.
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