DEU NA FOLHA DE S. PAULO
Brasília - O regime Hugo Chávez faz água por todos os lados. Quinto produtor de petróleo do mundo, a Venezuela vive uma crise interna grave, vê minguarem os seus aliados "esquerdistas" nas Américas e está pendurada internacionalmente na Rússia e no Irã, o que já diz tudo.
Chávez fez uma faxina institucional na Venezuela, virou-se de costas para os EUA e de frente para a América do Sul e planejou investimentos externos e a conversão dos fabulosos lucros do petróleo na transformação da sociedade e da quase inexistente planta industrial. O messianismo bobo, porém, afundou todos esses sonhos.
Onze anos depois, a Venezuela convive com fuga de investidores, estatizações, fechamento de TVs e uma crise na economia que não fica só nos números, mas atinge a vida das pessoas: que tal racionamento de água e de energia? Os aliados de primeira hora pulam do barco.
Chávez também imaginou uma América do Sul "bolivariana", unida e pronta a enfrentar a potência com regimes fechados e discursos a la Fidel. Falou-se até da "esquerdização" da região, com as eleições na Bolívia, no Equador e na Nicarágua, como se houvesse um processo. Mas o processo engasgou.
O Brasil, em vez de fechar, abre-se para o mundo. Na Colômbia e no Peru, a aliança com os EUA só recrudesceu. Na Argentina, os Kirchner têm problemas demais para brincar de esquerdistas. Agora, o Chile dobra à direita, e Honduras corta o fio da meada bolivariana na América Central e no Caribe.
A Rússia tem o pior desempenho dos Bric na crise econômica, e o Irã, isolado da comunidade internacional e matando seus dissidentes políticos e religiosos, só pensa naquilo: enriquecer urânio. Ambos têm mais o que fazer do que embalar a Venezuela.
Chávez sonhava com o "socialismo do século 21". Os venezuelanos acordam no "titanic do século 21" e sem comandante alternativo.
Brasília - O regime Hugo Chávez faz água por todos os lados. Quinto produtor de petróleo do mundo, a Venezuela vive uma crise interna grave, vê minguarem os seus aliados "esquerdistas" nas Américas e está pendurada internacionalmente na Rússia e no Irã, o que já diz tudo.
Chávez fez uma faxina institucional na Venezuela, virou-se de costas para os EUA e de frente para a América do Sul e planejou investimentos externos e a conversão dos fabulosos lucros do petróleo na transformação da sociedade e da quase inexistente planta industrial. O messianismo bobo, porém, afundou todos esses sonhos.
Onze anos depois, a Venezuela convive com fuga de investidores, estatizações, fechamento de TVs e uma crise na economia que não fica só nos números, mas atinge a vida das pessoas: que tal racionamento de água e de energia? Os aliados de primeira hora pulam do barco.
Chávez também imaginou uma América do Sul "bolivariana", unida e pronta a enfrentar a potência com regimes fechados e discursos a la Fidel. Falou-se até da "esquerdização" da região, com as eleições na Bolívia, no Equador e na Nicarágua, como se houvesse um processo. Mas o processo engasgou.
O Brasil, em vez de fechar, abre-se para o mundo. Na Colômbia e no Peru, a aliança com os EUA só recrudesceu. Na Argentina, os Kirchner têm problemas demais para brincar de esquerdistas. Agora, o Chile dobra à direita, e Honduras corta o fio da meada bolivariana na América Central e no Caribe.
A Rússia tem o pior desempenho dos Bric na crise econômica, e o Irã, isolado da comunidade internacional e matando seus dissidentes políticos e religiosos, só pensa naquilo: enriquecer urânio. Ambos têm mais o que fazer do que embalar a Venezuela.
Chávez sonhava com o "socialismo do século 21". Os venezuelanos acordam no "titanic do século 21" e sem comandante alternativo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário