DEU NA FOLHA DE S. PAULO
BRASÍLIA - Durante a campanha eleitoral, Dilma Rousseff, que nasceu em Belo Horizonte e fez carreira política em Porto Alegre, tinha "dupla naturalidade".
Em Minas, como os mineiros, uai, sô!. No Rio Grande do Sul, como uma boa gaúcha, com churrasco e chimarrão, bah, chê!
Após a campanha, porém, Dilma não faz mais questão de ser mineira nem gaúcha. Deixou os sotaques pra lá e assume todo o lado paulista do projeto do PT. Ou seria o lado paulista do projeto Lula?
Sobrevoando o futuro ministério, tem-se um único e solitário mineiro, que é Fernando Pimentel, do Desenvolvimento, e dois gaúchos e meio: Nelson Jobim, curiosamente considerado certo, mas não devidamente anunciado, Maria do Rosário para Direitos Humanos (e para cumprir a cota de mulheres) e Beto Albuquerque, que faz que vai mas não vai para a Secretaria de Portos, a ser criada.
Já São Paulo tem um latifúndio, entre paulistas natos e paulistas por adoção: Mantega na Fazenda, Palocci na Casa Civil, Gilberto Carvalho na Secretaria Geral da Presidência, Miriam Belchior no Planejamento, Mercadante na Ciência e Tecnologia, José Eduardo Cardozo na Justiça, Haddad na Educação.
Além da quantidade, há a questão da qualidade dos ministérios da paulistada. Para os mais maliciosos, trata-se de uma indicação não só de que Dilma vai governar com a cabeça paulista, como também que Lula já monta seu exército para atacar a principal cidadela tucana.
Faz sentido, pois Lula gosta de "dizimar" adversários, e o PT vem de três vitórias consecutivas para a Presidência, mas perde sistematicamente em São Paulo para o PSDB.
A composição do futuro governo, portanto, indica que Lula começou desde já a articular a eleição de 2012 e de 2014 em São Paulo, coração econômico do país e político do PT e do PSDB. A não ser que Dilma assuma que acha os paulistas melhores do que todo o resto. Será?
BRASÍLIA - Durante a campanha eleitoral, Dilma Rousseff, que nasceu em Belo Horizonte e fez carreira política em Porto Alegre, tinha "dupla naturalidade".
Em Minas, como os mineiros, uai, sô!. No Rio Grande do Sul, como uma boa gaúcha, com churrasco e chimarrão, bah, chê!
Após a campanha, porém, Dilma não faz mais questão de ser mineira nem gaúcha. Deixou os sotaques pra lá e assume todo o lado paulista do projeto do PT. Ou seria o lado paulista do projeto Lula?
Sobrevoando o futuro ministério, tem-se um único e solitário mineiro, que é Fernando Pimentel, do Desenvolvimento, e dois gaúchos e meio: Nelson Jobim, curiosamente considerado certo, mas não devidamente anunciado, Maria do Rosário para Direitos Humanos (e para cumprir a cota de mulheres) e Beto Albuquerque, que faz que vai mas não vai para a Secretaria de Portos, a ser criada.
Já São Paulo tem um latifúndio, entre paulistas natos e paulistas por adoção: Mantega na Fazenda, Palocci na Casa Civil, Gilberto Carvalho na Secretaria Geral da Presidência, Miriam Belchior no Planejamento, Mercadante na Ciência e Tecnologia, José Eduardo Cardozo na Justiça, Haddad na Educação.
Além da quantidade, há a questão da qualidade dos ministérios da paulistada. Para os mais maliciosos, trata-se de uma indicação não só de que Dilma vai governar com a cabeça paulista, como também que Lula já monta seu exército para atacar a principal cidadela tucana.
Faz sentido, pois Lula gosta de "dizimar" adversários, e o PT vem de três vitórias consecutivas para a Presidência, mas perde sistematicamente em São Paulo para o PSDB.
A composição do futuro governo, portanto, indica que Lula começou desde já a articular a eleição de 2012 e de 2014 em São Paulo, coração econômico do país e político do PT e do PSDB. A não ser que Dilma assuma que acha os paulistas melhores do que todo o resto. Será?
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