Adriana Vasconcelos
BRASÍLIA. Nada de troco agora, mas pode haver mais adiante. O PMDB parece ter entendido bem o recado do Palácio do Planalto aos possíveis dissidentes da base governista na votação da medida provisória do salário mínimo. De olho na retomada das nomeações para o segundo e terceiro escalões do governo, o vice-presidente Michel Temer foi para Câmara e, com o líder do partido, Henrique Eduardo Alves (RN), se empenhou ontem em convencer os colegas de legenda a engolir eventuais insatisfações, para ajudar o partido a mostrar toda sua força e peso.
Na tentativa de assegurar uma posição unânime da bancada a favor do mínimo de R$545, Alves chegou a convocar pelo menos dois deputados licenciados do Rio, Pedro Paulo e Leonardo Picciani, para a votação.
- Minha expectativa é garantir todos os 77 votos da bancada a favor do mínimo de R$545. Quero mostrar que o PMDB pode votar unido não só hoje (ontem), seja a favor ou contra - observou Alves, devolvendo as ameaças feitas pelo Planalto.
Alves recebeu a ajuda de Temer em seu esforço para garantir a unidade do partido na votação do mínimo. Convidado pelo líder do PMDB a expor ontem para a bancada sua proposta de reforma política, Temer aproveitou a oportunidade para fazer um apelo aos deputados peemedebistas.
- Temos de manter a nossa unidade, porque a força política de qualquer partido se dá pela sua unidade de ação - disse Temer, aplaudido pela bancada.
FONTE: O GLOBO
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