Segundo consórcio construtor, atividades foram suspensas para evitar confrontos
Mônica Tavares
BRASÍLIA. As obras no canteiro principal da hidrelétrica de Belo Monte, que começa a ser erguida no Rio Xingu, no Pará, estão paradas desde a sexta-feira, deixando sem atividades 1.800 operários. Os trabalhadores apresentaram à direção do consórcio construtor (CCBM) várias reivindicações, entre elas aumento salarial, ampliação do recesso de fim de ano e maior número de dias para a chamada "baixada" - período que a empresa libera os trabalhadores de outras cidades para visitar as famílias. As negociações começaram ontem.
Segundo a empresa, somente entre 5% e 10% dos empregados decidiram cruzar os braços na sexta-feira para reclamar melhores condições de trabalho. Mas o consórcio optou por paralisar as atividades dos 1.800 funcionários para evitar confrontos.
Os empregados bloquearam o quilômetro 55 da rodovia Transamazônica, próximo à cidade de Altamira, principal polo no entorno de Belo Monte. A construção conta com um total de quatro mil trabalhadores. Em novembro, informou o consórcio, é a data-base da categoria. A CCBM garantiu que a paralisação não vai atrasar o cronograma, que prevê a entrada em operação da primeira turbina em 2015.
No início deste ano, na usina de Jirau, no rio Madeira, em Rondônia, operários dos canteiros da hidrelétrica atearam fogo a ônibus e destruíram alojamentos, insatisfeitos com os salários e as condições de trabalho.
FONTE: O GLOBO
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