Tiago Décimo - Agência Estado
O pré-candidato do PSB à Presidência, o ex-governador pernambucano Eduardo Campos, disse neste sábado, em Salvador (BA), que a presidente Dilma Rousseff "piorou o Brasil" e que o próximo chefe da nação vai enfrentar uma "situação inédita" desde que a democracia voltou a vigorar no País.
"Alguns dizem que a presidente não soube (governar); outros, que não teve a capacidade; outros, que não quis. O fato é que é a primeira vez que o País vai ser entregue pior do que estava quatro anos antes", argumentou. "O (ex-presidente) Itamar (Franco) entregou (o governo) ao Fernando Henrique (Cardoso) melhor do que ele recebeu no impeachment (de Fernando Collor de Melo). O Fernando Henrique entregou o governo (a Luiz Inácio Lula da Silva) melhor do que recebeu do Itamar. O Lula entregou o País a Dilma melhor do que ele recebeu do Fernando Henrique. Agora, é a primeira vez que o presidente vai entregar o País pior do que recebeu. A Dilma piorou o País e o País precisa melhorar. Para isso, é preciso tirar a Dilma."
Campos argumenta que esse cenário justifica as vaias recebidas pela presidente no jogo de abertura da Copa do Mundo, na última quinta-feira, em São Paulo. Apesar disso, ele fez críticas aos torcedores que, em coro, xingaram Dilma. "Acho que ninguém no País gostaria de ver uma situação como essa, que a presidente do nosso país fosse tratada dessa forma na abertura de uma Copa do Mundo, diante do mundo inteiro", argumentou. "Sei que a indignação tem sentido, o que a gente não pode perder é a razão. E não perder a razão, nesse caso, é participar do debate e tirar a presidente (do poder) pelo voto."
O presidenciável foi a Salvador participar da convenção estadual do partido, que legitimou a candidatura da senadora Lídice da Mata ao governo, tendo como vice o ex-prefeito de Brumado, Eduardo Vasconcelos, e como candidata ao Senado na chapa a ex-corregedora nacional de Justiça, Eliana Calmon. Em sua quinta passagem pela Bahia desde que teve o nome lançado como pré-candidato ao Planalto, Campos tenta fortalecer sua candidatura nos Estados nordestinos - apesar de ser bem avaliado em Pernambuco, ele ainda é pouco conhecido no resto da Região - para fazer frente a Dilma. "Ela recebeu a chance de governar o País do povo brasileiro, sobretudo do Nordeste, e não usou essa oportunidade."
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