- Folha de S. Paulo
SÃO PAULO - À frente da Secretaria-Geral da Presidência durante todo o primeiro governo Dilma Rousseff, Gilberto Carvalho era o auxiliar mais próximo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Amigo pessoal e homem de confiança do ex-metalúrgico, ocupou a chefia de gabinete do Palácio do Planalto de 2003 a 2010.
O ex-ministro foi acusado pelos irmãos de Celso Daniel, prefeito de Santo André (SP) assassinado em 2002, de participar de esquema de arrecadação de propina para o PT junto a empresas que prestavam serviços para o município.
Carvalho era, na época, secretário de Comunicação e de Governo de Daniel e teria admitido o transporte de valores que seriam entregues ao ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, condenado pelo Supremo Tribunal Federal no processo do mensalão.
Também condenado no mesmo processo, o empresário Marcos Valério afirmou ao Ministério Público Federal que o PT lhe pediu dinheiro para silenciar pessoas ligadas ao assassinato do prefeito de Santo André.
O ex-presidente Lula e Gilberto Carvalho teriam sido chantageados em 2003 por figuras suspeitas de participar do crime.
À época, Carvalho negou as acusações e disse que Valério estava "desesperado".
Ex-secretário nacional de Justiça durante o governo Lula, Romeu Tuma Jr. também acusou Carvalho de envolvimento no esquema de desvio de recursos em Santo André e de encomendar dossiês contra adversários do governo petista.
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