terça-feira, 6 de junho de 2017

Temer não vai responder perguntas da PF sobre o grampo de Joesley

Peemedebista avisa, por seu advogado, que também não vai responder indagações 'de caráter puramente pessoal' e nem as referentes a fatos anteriores ao mandato presidencial

Fausto Macedo, Luiz Vassallo e Julia Affonso | O Estado de S. Paulo
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O criminalista Antônio Cláudio Mariz de Oliveira afirmou que Michel Temer ‘não tem obrigação’ de responder ao questionário da Polícia Federal – mais de 80 perguntas no inquérito da Operação Patmos, que põe o presidente sob suspeita de corrupção passiva e obstrução da Justiça.

“O próprio ministro Edson Fachin já destacou que, como investigado, o presidente não tem que responder”, disse Mariz.

O defensor de Temer disse, no entanto, que o presidente vai responder ‘algumas perguntas’. Outras, não.

“Aquelas referentes à gravação (de Joesley Batista no Palácio do Jaburu) o presidente não vai responder”, disse o advogado, referindo-se ao áudio que o executivo da JBS gravou com Temer na noite de 7 de março.

A gravação é o pivô da crise que abala o governo do peemedebista.

“As questões de caráter puramente pessoal também não serão respondidas”, assinala Mariz, veterano criminalista com larga experiência nos tribunais.

Mas não é só. O presidente vai silenciar ante perguntas referentes a fatos anteriores ao mandato. “Estas também o presidente também não vai responder”, avisa Mariz.

As respostas parciais só deverão ser devolvidas à PF no dia 12 – o ministro Fachin deu prazo de 24 hs para o presidente responder por escrito as indagações da polícia. Mas o criminalista Mariz vai dizer nesta terça-feira, 6, por meio de petição a Fachin, que o prazo é muito curto. “A Polícia Federal teve seis dias para elaborar as perguntas.”

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