- Fábio Matos/Assessoria do Parlamentar/ Portal do PPS
Em um auditório completamente lotado que contou com significativa participação da militância de todo o estado, o PPS de São Paulo realizou neste sábado (28) o seu Congresso Estadual. Durante o encontro, realizado na capital paulista, o deputado federal Roberto Freire (SP), presidente nacional do partido, defendeu a unidade de todas as “forças democráticas” para as eleições de 2018.
O evento também contou com as presenças do governador Geraldo Alckmin (PSDB) e do prefeito João Doria (PSDB), que saudaram os militantes, vereadores, prefeitos e as demais lideranças do PPS. Ambos também corroboraram a necessidade de união do campo democrático para que seja evitada uma polarização entre os extremos do espectro político, sobretudo na disputa presidencial do ano que vem.
“Temos de buscar a unidade de todos aqueles que conosco concordam que o Brasil precisa mudar. E não seremos nós, isolados, que faremos o país mudar”, disse Freire. “Precisamos enfrentar esse atraso e os extremos, seja à direita ou à esquerda, ambos descompromissados com o processo democrático.
Não são movimentos que integram e unificam o Brasil. Precisamos construir uma frente democrática, que também pode ser chamada de centro democrático ou qualquer outra denominação, que reúna todos aqueles que lutaram pela liberdade e foram vitoriosos, pelo bem e pelo futuro do Brasil”, prosseguiu o parlamentar.
Durante o seu pronunciamento, o presidente do PPS comparou o momento atual a outras situações vivenciadas pelo partido no passado. “Lá atrás, já percebíamos que a luta tinha que ser com outras vertentes para integrar um maior número de pessoas e não nos isolarmos”, afirmou. “Naquele momento, também era uma hora em que tínhamos de enfrentar uma nova realidade. Estamos hoje vivendo um momento como esse.”
Freire destacou o processo de grandes transformações por que passa a sociedade, nas mais variadas áreas, inclusive na política. “Este é um momento de transformação revolucionária da experiência humana no planeta Terra”, disse o deputado.
Fazendo uma saudação especial ao partido em São Paulo, Roberto Freire pediu que todos os militantes e líderes da legenda no estado se empenhem em apresentar um novo projeto ao País. “O PPS de São Paulo é o maior PPS do País. Vocês representam o que temos de melhor. Juntos, temos de discutir como encaminhar o Brasil para um futuro melhor. Essa tarefa é de todos nós, em todo o País.”
Impeachment, transição e futuro
Ainda durante a sua fala no Congresso Estadual do PPS-SP, Freire apontou os graves equívocos cometidos pelo governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e lembrou o impeachment que afastou Dilma Rousseff em 2016. “Perdemos tempo significativo com os tempos de Lula, em um momento de populismo exacerbado e euforia pelo incentivo ao consumo desenfreado. Desperdiçamos oportunidades”, lamentou.
“Estamos enfrentando tempos difíceis. O impeachment foi uma necessidade, uma imposição do processo político, tanto no caso de Collor quanto com Dilma”, comparou o parlamentar. “O impeachment, que foi uma necessidade, também nos trouxe alguns problemas e dificuldades. É sempre um processo traumático.”
Na avaliação de Roberto Freire, “o governo de transição é de responsabilidade de quem praticou o impeachment”. “A transição é, portanto, nossa responsabilidade”, reafirmou o presidente do PPS.
“Temos de dar ao País a possibilidade de ter um governo capaz de conduzir o Brasil a um rumo correto. Essa é a nossa responsabilidade.”
Doria e Alckmin
O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), chegou por volta do meio-dia ao Centro Empresarial E-Business Park, onde o congresso estadual do PPS-SP foi realizado. Em sua saudação inicial aos presentes, Doria fez uma menção especial a Roberto Freire.
“Eu o chamo de mestre. Quando se está ao lado de alguém como Roberto Freire, você tem que ouvir mais do que falar, porque você sempre aprende. É um privilégio para o PPS ter alguém dessa envergadura como presidente nacional”, afirmou o prefeito da capital, sendo muito aplaudido por todos.
Um pouco mais tarde, já perto do encerramento do encontro, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) também marcou presença e foi recebido com grande entusiasmo pela militância do PPS e por dezenas de vereadores e prefeitos de várias regiões do estado.
“O PPS é um partido necessário para o Brasil. Tenho muita admiração e um apreço pessoal muito grande pelo Roberto Freire, além de uma excelente relação de parceria com o PPS aqui em São Paulo já há muito tempo. Não tenho dúvida de que estaremos juntos mais uma vez”, afirmou o governador.
O congresso
Além de um balanço das atividades do PPS em São Paulo, no congresso foram debatidos o atual momento político e econômico do Brasil e projetadas estratégias para as eleições de 2018. A Executiva do novo Diretório Estadual do PPS-SP foi eleita e aprovada por unanimidade.
O novo presidente estadual do PPS-SP é o secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim, deputado federal licenciado. O cargo foi a ele transmitido pelo deputado federal Alex Manente, que ocupou o posto até este sábado. Jardim terá quatro anos de mandato no comando do Diretório Estadual do PPS-SP.
Participaram do congresso do partido inúmeros vereadores, prefeitos e lideranças regionais de todo o estado de São Paulo, além de centenas de militantes do PPS e também de outras legendas. Além de Roberto Freire, Jardim e Manente, compuseram a mesa principal o deputado estadual Davi Zaia (SP), a deputada federal Pollyana Gama (SP), o deputado estadual Roberto Morais (SP), os vereadores Claudio Fonseca e Soninha Francine, além do presidente municipal do PPS em São Paulo, Carlos Fernandes, prefeito regional da Lapa. O ex-vereador Moacir Longo, presidente de honra do PPS, também compôs a mesa.
Além de diversas lideranças do PPS, estiveram no encontro representantes de outros partidos, como o vice-governador de São Paulo, Márcio França (PSB), o secretário de Governo da Prefeitura de São Paulo, Julio Semeghini (PSDB), e o presidente do Instituto Teotônio Vilela, José Aníbal (PSDB).
Ao todo, mais de 150 municípios paulistas estiveram representados no congresso.
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