Folha de S. Paulo
Estudo mostra que 82% das mulheres
parlamentares sofreram violência psicológica
É aterrorizante o aumento da violência
política de gênero e de raça. Estudo realizado pela União
Interparlamentar em cinco regiões do globo, entre as quais
estão as Américas, apontou que 82% das mulheres parlamentares sofreram
violência psicológica.
Pelos dados, 67% das parlamentares foram insultadas; 44% receberam ameaças de
morte, estupro, espancamento ou sequestro; 20% foram vítimas de assédio sexual;
e outras 20% passaram por violência no ambiente de trabalho.
Os números integram um guia lançado pela Meta, proprietária do Facebook, do Instagram
e do WhatsApp, para enfrentar a situação em suas plataformas. Entre as
orientações, está a de que as vítimas compartilhem suas histórias nas redes
sociais.
Parece justo valer-se das plataformas como antídoto para um mal que elas
ajudaram a potencializar ao se tornarem uma espécie de "nova Ágora"
—a praça principal das cidades gregas da antiguidade, um espaço no qual se
davam os debates. E algumas iniciativas foram adotadas para usá-las também como
contraveneno.
No Brasil, os dados de violência política de gênero apontam uma nova agressão a
cada 15 dias, segundo o MPF. O número, infelizmente, deve ser bem maior
considerando que todo ataque, ameaça, constrangimento ou impedimento ao acesso
de mulheres a espaços de poder e decisão é um ato de violência, e boa parte das
ocorrências não é notificada.
Daí a importância de aumentar a conscientização e incentivar as denúncias. Como
diz a campanha lançada pela Câmara dos Deputados, a principal vítima da
violência política de gênero é a democracia.
Um comentário:
Sim,todos tem direitos iguais numa democracia.
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