O Estado de S. Paulo
Embora seu carisma não seja o mesmo de vinte anos atrás, o ex-presidente vem conseguindo sustentar confortável folga com relação a Bolsonaro
A pesquisa Datafolha divulgada nesta
quinta-feira, 1º, não deixa dúvidas: com 45%, contra 32% de Jair Bolsonaro, 9% de Ciro Gomes e 5% de Simone Tebet, Lula é uma espécie de
Palmeiras nesta corrida presidencial.
Há poucas semanas, corintianos,
flamenguistas e tricolores esfregavam as mãos, animados com a sequência que o
Palestra teria pela frente: Corinthians, Flamengo e Fluminense, este em pleno
Maracanã. Na certa, o líder do campeonato tropeçaria. Eis que o time de Abel
Ferreira venceu o clássico e empatou com ambos os cariocas, mantendo distância
dos rivais, já livre dos confrontos diretos e com três rodadas a menos para
disputar até o final do torneio.
Lula trilha caminho parecido. Embora seu carisma não seja o mesmo de vinte anos atrás, o ex-presidente vem conseguindo sustentar confortável folga com relação a Bolsonaro, que vê o dia da eleição se aproximar sem que o pacote de benefícios engendrado com óbvios fins eleitoreiros surta efeito, apesar de os indicadores econômicos terem começado a dar sinais positivos. A distância até diminuiu é verdade, mas dentro da margem de erro. Há duas semanas, o instituto marcava 47% contra 32%.
Lula não teve bom desempenho no debate da
Bandeirantes — em que a candidata Simone Tebet foi amplamente reconhecida como
vencedora, única a subir acima da margem de erro (de 2% para 5%). Todavia,
dadas as circunstâncias — folga na liderança e cerca de 80% dos eleitores já
decididos —, o candidato petista pode se dar esse luxo, desde que Bolsonaro
também tropece.
E ele tropeçou.
Jamais saberemos se a expectativa no campo
de Bolsonaro de que o último domingo pudesse marcar uma mudança de prumo nas
intenções de votos chegaria a se confirmar. Isso porque, embora Lula tenha se
mostrado inábil para tratar da corrupção nos governos do PT, o presidente abriu
mão dessa chance quando atacou a
jornalista Vera Magalhães. A dificuldade para atrair o voto
feminino é conhecida dor de cabeça na campanha pela reeleição (48% para Lula
contra 28% de Bolsonaro).
Ao fim e ao cabo, os números do Datafolha
reforçam a possibilidade cada vez maior de que haja um segundo turno, devido ao
crescimento de Ciro e Simone, porém vale lembrar que, assim como em 2018, o
primeiro turno já está polarizado. Considerando que não faz sentido imaginar
que os eleitores de Simone e Ciro migrem em massa para votar em Bolsonaro, Lula
parece destinado a ser o primeiro brasileiro eleito em três ocasiões para
presidir o País.
5 comentários:
Bolsonaro e Bangu, tudo a ver! Não o tradicional clube carioca de futebol, mas a penitenciária de segurança máxima onde o genocida vai terminar seus dias, recebendo visita íntima dos seus milicianos que ele sustenta e adora.
Cadeia pra Bolsonaro! Se a Justiça existir, ainda verei isto. Mas sou contra as visitas íntimas pra criminoso tão perigoso...
É,o cerco está se fechando.
Tudo pode acontecer,a sorte está lançada.
E Bolsonaro vai acabar gostando da cadeia, pois não vai ter que conviver com mulheres, que ele detesta... Vai estar cercado de homens, que ele tanto admira... Milicianos e bandidos tão perigosos e malvados como ele!
Postar um comentário