Folha de S. Paulo
Projetos para 2026 dificultam aceitar caráter
de prévias para eleição de 2024
Esquerda e direita prometem forte embate nas
capitais e grandes cidades, apostando que quem ganhar o maior número de
prefeituras neste ano estará credenciado a amealhar vitórias em
2026. Pode ser que sim, mas pode não ser bem assim.
O sucesso da referida empreitada depende de alguns fatores. Se a ideia for ligar o desempenho municipal à eleição presidencial, convém retirar os cavalos da chuva. Já no que diz respeito à conquista de maior poder do Congresso, é possível considerar essa uma boa aposta.
Prefeitos e vereadores formam a base
eleitoral de deputados federais, e em menor grau de senadores, o que lhes rende
maior participação nos bilionários
fundos públicos.
Sobre a eleição de governadores, o efeito é
duvidoso. Na disputa presidencial, a história e a lógica mostram que a
influência se aproxima do zero.
O balanço de perdas e ganhos no dia seguinte
à eleição entusiasma os vencedores, mas tem prazo de validade. O jogo volta ao
zero a zero no período seguinte às posses dos eleitos e daí em diante haverá
dois anos para que se provem eficazes, ou não, no ofício de impulsionar
candidaturas nacionais.
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Um mau prefeito é um peso a ser descartado. E
um bom administrador pode não ter o perfil político que interesse aos planos
presidenciais desse ou daquele partido.
Além disso, há a seguinte questão: estará o
eleitor preocupado com a ideologia do governante? Dois prefeitos candidatos à
reeleição, João Campos (PSB)
e Eduardo
Paes (PSD), respectivamente prefeitos do Recife e do Rio de Janeiro,
disparam nas pesquisas sem que tenham posto suas posições ideológicas no
tabuleiro.
Por ora, ambos se alinham a Lula. Mas é de se
perguntar até quando vai esse tipo de aliança. Considerando que esquerda e
direita disputarão maioria no Parlamento, é lícito concluir que tal projeto não
conversa bem com a possibilidade de os hoje governo e oposição estarem juntos
nas disputas de 2026.
Um comentário:
Na minha cidade a campanha pra prefeito passa longe de bolsonarismo e lulismo,graças a Deus!
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