DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
Serão chamados para a "pré-convenção" candidatos tucanos nos Estados, quadros tradicionais da sigla e aliados
Julia Duailibi e André Mascarenhas
Serão chamados para a "pré-convenção" candidatos tucanos nos Estados, quadros tradicionais da sigla e aliados
Julia Duailibi e André Mascarenhas
O PSDB prepara um grande encontro nacional para o anúncio oficial dacandidatura do governador de São Paulo, José Serra, à Presidência daRepública. Serão convidados para a "pré-convenção", que deve ocorrerprovavelmente na semana do dia 22, candidatos a governador do partidoem outros Estados, parlamentares e políticos aliados. O objetivo é dara largada extraoficial da candidatura de oposição ao governo federal -a formalização do nome de Serra só ocorrerá em junho, mês dasconvenções partidárias, segundo determina a Lei Eleitoral.
Parlamentaresjá receberam avisos do núcleo próximo ao governador de que a data maisprovável é dia 22. A ideia é criar um evento que dê repercussão e sirvade contraponto ao lançamento, há pouco mais de duas semanas, dapré-candidatura da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT). Para ostucanos, o crescimento de Dilma nas pesquisas está relacionado a suaexposição nos últimos dias. No evento, será feito um balanço da gestãotucana em São Paulo e será apresentado ao público o discurso quebalizará a campanha do PSDB.
Uma das maiores preocupações deSerra hoje, afirmam aliados, é com o discurso que servirá decarro-chefe para a disputa. O núcleo mais próximo do governador tem sereunido com frequência para discutir e formatar a espinha dorsal dacampanha. Participam do grupo, que se reúne semanalmente na casa deAndrea Matarazzo, nomes que atuaram durante o governo FHC, como EduardoGraeff e Eduardo Jorge Caldas Pereira, que ocuparam a Secretaria-Geralda Presidência.
Na reta final do prazo de desincompatibilização,dia 3 de abril, os tucanos resolveram esvaziar encontro de ontem com 47coordenadores estaduais do PSDB e parlamentares paulistas. A reuniãodiscutiria estratégias para a campanha eleitoral em São Paulo. Deacordo com integrantes do partido, o próprio governador interveio paraque o encontro fosse esvaziado. Avaliou-se que a reunião daria aimpressão de que Serra está sendo pressionado pelos próprios tucanos aassumir publicamente a candidatura a presidente.
"Ficou aimpressão de que era uma reunião para definir estratégia, e não é isso.O partido não cuida da campanha dos candidatos, mas da infantaria",afirmou o presidente paulista do PSDB, Mendes Thame, que negou terconversado com o governador sobre o assunto. A reunião de ontem contoucom apenas 7 coordenadores. "Da nossa parte, não haverá pressão. É umaopção dele governar o Estado em tempo integral. Tem um ônus porque fica100% do tempo governando e não faz campanha", disse.
Para odeputado José Aníbal, a estratégia é correta. "Você não pode fazer aomesmo tempo campanha e ação de governo." Sobre a ansiedade de parte dalegenda por um anúncio oficial, afirmou: "É uma ansiedade que vem defora para dentro."
Um novo encontro com os coordenadores foimarcado para 22 de março, mas é provável que também seja esvaziado emrazão do encontro nacional do PSDB. Após o lançamento de Serra, ostucanos pretendem confirmar a candidatura de Geraldo Alckmin ao governodo Estado. A ideia é criar outro ato de repercussão na imprensa.
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