terça-feira, 28 de agosto de 2012

Lula ataca PSB ao defender Costa em PE

Em Belo Horizonte, Patrus diz não ter "lulodependência"

Letícia Lins e Amanda Almeida

Recife e Belo Horizonte Estrela do horário eleitoral do PT que aparece nos programas do candidato à prefeitura, senador Humberto Costa, o ex-presidente Lula começou a atacar indiretamente o rival do PSB, Geraldo Júlio de Mello. Lula acusa o PSB de tentar iludir o eleitor com "palavras mágicas", como "gestor" e "choque de gestão".

Desconhecido do grande público - nunca disputou eleição e era secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco -, o socialista é apresentado como grande gestor, que ajudou a criar programas importantes e a atrair investimentos. Geraldo Júlio foi lançado pelo governador Eduardo Campos (PSB) no auge da crise do PT, após pesquisas mostrarem que o eleitor estava mais interessado em um bom gerente do que em um político na prefeitura.

Na TV, Lula ironiza a imagem de administrador mostrada no programa de Geraldo Júlio: "De vez em quando inventam palavras mágicas, como gestor, choque de gestão. Mas é importante que, na hora de votar, o eleitor vote em alguém que sobretudo tenha coração, consciência e compromisso com a parte mais pobre da população. Humberto é companheiro, e junta experiência administrativa e competência".

Em seguida, o programa do PT ratifica as críticas de traição, referindo-se a Campos. O socialista rompeu com o PT, lançou candidato próprio e uniu-se ao senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), com o qual rompera há 20 anos.

Lula também apareceu ontem, por mais de um minuto, pedindo votos no horário eleitoral do prefeito do Rio, Eduardo Paes, que concorre à reeleição pelo PMDB. Rouco, o ex-presidente disse que Paes está "fazendo a recuperação do estrago" feito na cidade entre os anos 1970 e 1990 e o elogiou.

Em Belo Horizonte, à espera de Lula, que desembarca na capital mineira sexta-feira, o ex-ministro Patrus Ananias (PT) disse ontem que sua campanha à prefeitura, com cerca de 20 pontos percentuais a menos do que seu principal rival, Marcio Lacerda (PSB), não é dependente do apoio de Lula:

- Não há "lulodependência". Estamos numa campanha com pouco mais de um mês. A campanha está crescendo. Temos afinidade com o ex-presidente Lula. É para somar em torno de princípios e objetivos comuns. Não há nenhuma dependência - afirmou em sabatina organizada pela "Folha de S.Paulo".

FONTE: O GLOBO

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