terça-feira, 28 de agosto de 2012

CUT: greve pode acabar hoje

Presidente da maior central sindical do país diz que se governo melhorar oferta de benefícios paralisação deve ser suspensa

Gilberto Scofield Jr.

SÃO PAULO O bancário paulistano Vagner Freitas, 46 anos, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) há pouco mais de um mês, afirma que a greve dos funcionários públicos pode acabar hoje caso o governo acene com a melhora de benefícios pagos aos trabalhadores, além do reajuste de 15,8%, na assembleia comandada pela Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), que reúne 75% dos trabalhadores diretos da administração pública. Freitas diz que, se o Orçamento impede uma reposição maior aos salários, que o governo melhore os valores do vale-refeição, do auxílio transporte ou dos termos de uso de planos de saúde. Apesar do embate com o governo, Freitas fez questão de dizer que saía da entrevista ao GLOBO direto para o lançamento do comitê sindical do candidato Fernando Haddad (PT) à prefeitura de São Paulo. "Petista vota em petista", disse.

Por que uma campanha unificada se os servidores vivem situações distintas?

Pelo menos 75% dos servidores públicos federais ganham em média R$ 2.500, que obviamente não é um salário exagerado. Outras carreiras de servidores, que são as carreiras típicas de Estado, têm o salário realmente diferenciado.

E o que defende a CUT? A CUT está sendo mais rigorosa com o governo Dilma do que foi no governo Lula?

Com a eleição do presidente Lula, houve uma recuperação do poder de compra desses salários (dos servidores) e no trato dessas carreiras. Não adianta, depois da recuperação feita pelo governo Lula, entender que vai haver congelamento salarial.

Mas o governo Dilma fala em congelamento?

Em algumas carreiras não teve aumento salarial.

Qual o balanço da greve do ponto de vista da CUT?

Uma parcela dos trabalhadores já aceitou a proposta de 15,8%. Dos 350 mil servidores em greve, a metade já aceitou. Vamos ver a decisão (hoje) da Condsef, porque ela reúne a base do grosso do funcionalismo na rede pública do governo. Se o governo não avançar nos benefícios, no auxílio alimentação, no convênio médico, o impasse continua.

FONTE: O GLOBO

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