domingo, 11 de maio de 2014

Panorama político – Ilimar Franco

- O Globo

Novo foco de tensão
Vencida a etapa das coligações, os aliados do governo Dilma esperam um novo foco de tensão: a presença do ex-presidente Lula no pleito. O PMDB quer que ela seja reduzida onde houver dois palanques. Mas um de seus líderes reconhece: “Não vai ser fácil segurar”. No Encontro Nacional do PT, Lula avisou: “Eu não sou obrigado a seguir os acordos firmados pelo (presidente do PT) Rui Falcão”.

As leis criadas nos tribunais
O STF reescreve a legislação eleitoral e a Justiça do Trabalho, a legislação trabalhista. O presidente da CNI, Robson Andrade, protesta contra essa conduta: “Estão sendo ampliados direitos sem considerar a competitividade da economia”. Cita dois casos. No setor elétrico, a Justiça tem decidido que os trabalhadores de empresas prestadoras de serviço devem ganhar salários e direitos como se fossem funcionários das estatais. As empresas que colocam ônibus próprios, para transportar seus trabalhadores, poupando-os do transporte coletivo superlotado, estão sendo condenadas a pagar como hora trabalhada o tempo gasto com o percurso até a empresa.

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“A preferência nas pesquisas pelo voto nulo, pelo voto em branco, é uma tragédia nacional! É o descontentamento com as lideranças (políticas)”

Cristovam Buarque Senador (PDT-DF), sobre a sucessão presidencial
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Habilidade e base parlamentar
Desde a gestão do ex-presidente Sarney que não se via presidente com tantos contenciosos com sua base. Os partidos que apoiam a presidente Dilma têm 360 votos, inferior apenas aos 395 do ex-presidente Fernando Henrique (1999-2002).

Divisão de trabalho
O comando da campanha petista ainda não decidiu se a presidente Dilma virá ao Rio na campanha. Ela tanto pode não vir quanto promover um ato com os quatro candidatos aliados: Pezão (PMDB), Lindbergh (PT), Garotinho (PR) e Crivella (PRB). Já o ex-presidente Lula, afirmam que sua tendência é a de vir ao Rio pedir votos para Lindbergh Farias.

Piada de salão
Contam que o comentário está sendo feito nas cidades-sede da Copa: “Depois que o ministro Gilberto Carvalho começou a promover reuniões com os movimentos sociais, as manifestações contra a Copa do Mundo voltaram às ruas”.

Só no sapatinho
Para avaliar a evolução da CPI da Petrobras e definir estratégias, o líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), concordou em se reunir uma vez por semana com o governo. A operação foi acertada quarta-feira, no Jaburu, com o vice Michel Temer; o presidente da Câmara, Henrique Alves; e os ministros Aloizio Mercadante e Ricardo Berzoini.

Em debate, a qualidade
O presidente do PSDB de Minas, Marcus Pestana, contesta comparação de Eduardo Campos (PSB) na Educação. Diz: “Quantidade não é qualidade. Pernambuco investiu mais no ensino médio, mas Minas é o terceiro do ranking e eles, o nono”.

Na mesa, a credibilidade
O líder do PSB na Câmara, Beto Albuquerque, avalia que os tucanos têm um problema de credibilidade: “Quem acredita quando dizem que vão manter os programas sociais?” Sua avaliação é que Aécio representa apenas o antipetismo.

A FIFA INFORMA: foram vendidos 2,3 milhões de ingressos para a Copa do Mundo. Destes, 44% (um milhão) foram adquiridos por estrangeiros.

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