sábado, 2 de agosto de 2014

Panorama político :: Ilimar Franco

- O Globo

Cada um no seu quadrado
As centrais sindicais fecharam uma pauta de reivindicações dos trabalhadores para os presidenciáveis. Mas não farão sabatina, e cada central entregará para o candidato a presidente cujo partido ou aliado é filiado. A Força Sindical, ligada ao Solidariedade, para Aécio Neves. A CUT, vinculada ao PT, para a presidente Dilma. E a CTB, que tem a presença do PSB, para Eduardo Campos.

Trabalhador quer mais
A agenda das centrais é de difícil execução seja qual for o próximo presidente. Ela defende a ampliação dos direitos trabalhistas, o que aumenta custos para empresas e produtores. E também um incremento dos gastos públicos. É emblemático que, depois do Senado ter aprovado a revisão do Fundo Previdenciário, o tema tenha sido engavetado na Câmara pelo governo petista. As centrais pregam a redução da jornada de trabalho de 48 para 40 horas semanais. E ainda o aumento da correção do FGTS para um índice equivalente ao da poupança. Independentemente da preferência eleitoral, as centrais não aceitam a flexibilização dos direitos dos trabalhadores.
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“Eu acho que o Eduardo Campos tem que falar alguma coisa que vire bochicho no botequim”
Cristovam Buarque
Senador (PDT-DF) e cabo eleitoral do candidato do PSB ao Planalto, Eduardo Campos
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Jurisprudência
A ação do PSDB contra ministros que foram à CNI, na hora do batente, deixou uma questão no ar. Os parlamentares que não forem ao esforço concentrado do Congresso, na próxima semana, poderão ser acionados, pelos adversários, por terem faltado ao trabalho para fazer campanha?

Três vezes "eu, não"
Em tempos de negação da política, após as manifestações de junho, o cantor Sérgio Reis (PRB), candidato a deputado federal por São Paulo, está jurando que não virou político. Em um vídeo na sua página em uma rede social, Sérgio Reis diz que só decidiu agir, ver de perto, em vez de reclamar. O vídeo pode ser visto no blog da coluna.

Desenvolvimento sustentável
Mais de 20 CEOs, entre eles os da Shell e da Siemens, lançarão na quarta propostas para um Brasil mais sustentável. Ela será dirigida aos presidenciáveis e sugere que o Brasil assuma a liderança da economia de baixo carbono.

Quilombolas
A certificação de comunidades remanescentes de quilombos, pela Fundação Palmares, está na mira do agronegócio. A CNA diz que foram certificadas e requeridas áreas para 2.007 comunidades desde 2013. No Rio, são 32 áreas. As maiores demandas: Bahia (421) e Maranhão (298). O pico, 404 pleitos, ocorreu em 2006, no primeiro governo Lula.

Caindo na rede
O candidato tucano ao governo de Minas, Pimenta da Veiga, quer que os internautas votem para aprovar ou rejeitar propostas para seu programa de governo. A experiência de mobilização virtual entra no ar na segunda-feira.

Novas ferramentas
São muitos os candidatos ao Congresso e às Assembleias Legislativas que criaram plataformas na internet para arrecadar doações de eleitores. Por ora, na campanha presidencial, só Eduardo Campos (PSB) recorreu a essa alternativa.
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A presidente Dilma sanciona na próxima quinta-feira o projeto que amplia os setores beneficiados pelo Supersimples, regime simplificado de tributação.

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