- O Globo
BRASÍLIA - O presidente não quer ter um grande desgaste com essa nomeação — disse um dos interlocutores de Temer.
Temer tende a escolher alguém “já testado", segundo fontes do Planalto. Ou seja, um magistrado que já esteja em um dos tribunais superiores. Entre os cotados estão o presidente do Tribunal Superior do Trabalho, Ives Gandra Filho, e os ministros João Otávio Noronha e Luis Felipe Salomão, ambos do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Embora tenha recebido apoio do ex-governador Sérgio Cabral para chegar ao STJ, Salomão não tem relação de amizade com o peemedebista, como chegou a ser dito nos bastidores das negociações para a indicação do novo ministro do STF. Ele manteve com o ex-governador apenas relações institucionais. Quando concorreu ao STJ, numa lista quádrupla, em 2008, era o único candidato do Rio e teve em decorrência disso o apoio de Cabral e de toda a bancada de deputados e senadores do estado.
Para o presidente, porém, é importante também que a disputa política pelo comando da CCJ esteja pacificada. Por isso, Eunício acertou com o novo líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), que ele indique o nome do partido amanhã. E deu mais um recado: se não houver consenso, que se decida no voto. No PMDB, o preferido de Eunício — quando ainda liderava a bancada — era o senador Raimundo Lira (PB), mas Renan e o grupo de Sarney pressionam pela escolha de Edison Lobão (MA), investigado na Lava-Jato.
Temer não abre mão de conversar com a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, antes do anúncio.
Outra cotada para a vaga é a ex-secretária de Direitos Humanos Flavia Piovesan.
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