Bernardo Mello Franco, Folha de S. Paulo
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, é contrário à volta de Aécio Neves à presidência do PSDB. Ele defende que o partido efetive Tasso Jereissati, que exerce o cargo interinamente há um mês.
"É importante que o partido defina isso logo. Tasso deve ficar na presidência de forma efetiva, até o ano que vem", disse o governador à Folha.
Aécio se licenciou da presidência do partido ao ser afastado do mandato de senador por decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal.
Nesta sexta (30), o ministro Marco Aurélio Mello derrubou a decisão. Com isso, ele também estaria livre para reassumir o comando do PSDB.
Alckmin avalia que esse retorno seria prejudicial ao partido, já que agora Aécio terá que se dedicar à sua defesa no Supremo.
O senador foi afastado do cargo após ser gravado pedindo R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista. Ele afirma que pediu um empréstimo para pagar advogados que o defendem na Lava Jato.
Alckmin disse concordar com a decisão do ministro Marco Aurélio Mello, do STF, que devolveu a Aécio o direito de exercer o mandato.
"A decisão foi importante para preservar o mandato popular que o Aécio conquistou. Isso muito nos alegra", disse.
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