Folha de S. Paulo
Atentado tende a trazer benefícios eleitorais
para republicano, mas disputa ainda não está definida
O atentado
desferido contra Trump amplia as chances de o republicano
vencer a disputa eleitoral de novembro, mas seria precipitado declarar que o
jogo já está definido. O paralelo com o ataque sofrido por Jair
Bolsonaro em 2018 só vai até certo ponto.
Bolsonaro, que foi esfaqueado um mês antes do pleito e passou semanas acamado para recuperar-se das cirurgias a que teve de submeter-se, era um candidato relativamente desconhecido num contexto em que grande parte dos eleitores buscava um antipetista para votar. O atentado lhe deu projeção e o poupou de críticas e desconstruções. Trump foi atacado quatro meses antes do pleito e é tudo menos desconhecido dos americanos. A grande maioria deles já tem um lado e dificilmente mudará de posição.
Mas a imagem de um
Trump sangrando e com punho erguido após sobreviver a uma
tentativa de assassinato é o sonho de qualquer marqueteiro. Ela será usada e
reusada ao longo da campanha e conta uma história que poderá ter efeito sobre
os eleitores indecisos e independentes dos chamados estados-pêndulo, que são o
contingente demográfico que na prática acaba decidindo a eleição.
A primeira reação de Trump após o ataque foi
inteligente. Ele indicou que deverá falar em união dos americanos e não
estimular a divisão, como sempre fez até aqui. É uma forma de tornar-se mais
palatável para os indecisos e ao mesmo tempo beneficiar-se da energizada que o
atentado dá em sua base tradicional (o comparecimento às urnas é outro fator
importante num país em que o voto não é obrigatório). Mas estamos falando de
Trump. Não há nenhuma garantia de que ele seguirá qualquer plano que hoje
tenha.
Do lado dos democratas, o ataque silenciou as
pressões que Joe Biden sofria
de aliados para desistir da candidatura em favor de um postulante mais jovem.
Se o partido vai mesmo trocar de candidato, a substituição precisa ser rápida.
Atrasá-la só beneficia Trump.
5 comentários:
O pior cego é que não quer ver
Está evidente que depois do fracasso do Biden no último debate onde ficou o claro a sua debilidade mental e agora um atentado que quase matou o candidato Trump sua vitória será de lavada Por mais que vocês tentem pintar a pílula de ouro
Trump será o primeiro presidente dos EUA a governar de dentro duma cela? Ou ele vai comprar os juízes pra evitar isto?
O Lula foi tirado de uma cela depois de condenado há mais de 20 anos de cadeia por nove juízes em três instâncias por corrupção e lavagem do dinheiro e hoje é nosso presidente
Só Jesus na causa.
Meus comentários quase sempre tem conotação religiosa,eu não sou religioso,mas minha visão de mundo é espiritualista,ou espírita mesmo.
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