O Estado de S. Paulo
Lula atrai um tsunami de críticas por um Maluco, quer dizer, Maduro, sem luz no fim do túnel
Nenhuma estratégia está funcionando, não há
luz no fim do túnel tenebroso da Venezuela. Nicolás Maduro, isolado e
alucinado, é como uma bomba relógio de um massacre da oposição. Assim como
sanções e pressões internacionais não deram em nada nas guerras da Rússia e de
Israel, também não terão efeito no caos venezuelano.
Insanos não têm limite e, quanto mais
encapsulados, mais Putin, Netanyahu e Maduro se sentem livres para destruir. De
outro lado, adianta “manter o diálogo”?
Sete países bateram de frente com Maduro no primeiro momento, mas só conseguiram a expulsão de seus diplomatas em Caracas, deixando ao relento seus nacionais e os opositores de Maduro refugiados em embaixadas.
Agora, EUA, Uruguai e novamente Argentina
reconhecem a (óbvia) vitória de González, assim como ocorreu com a de Juan
Guaidó em 2021. São ações sem consequência, para atrair aplausos internos.
E o Brasil? Depois dos erros graves de Lula,
o Brasil ganha tempo e aliou-se a México e Colômbia para manter canais com a
ditadura venezuelana e o sonho de chamar Maduro à razão. É legítimo, mas uma
estratégia tão inútil como as demais, só mais desgastante. Já no dia seguinte,
Maduro invadiu os escritórios da oposição. Há diálogo possível?
Lula atrai um tsunami de críticas internas
por um Maluco – quer dizer, um Maduro – que não quer soluções, quer guerra, e
agora se recusa a atender telefonemas de Caracas. O Brasil mediou o Acordo de
Barbados, pelo qual os EUA retirariam as sanções em troca de Maduro garantir
“eleições transparentes”.
O ditador topou e fez todo mundo de bobo.
Opositores presos, impedidos de concorrer e, depois, a declaração de “vitória”
sem atas e provas. Um acinte.
Exigir as atas de votação foi prudente no
início, mas Maduro não irá mostrar atas que confirmam sua derrota e a Justiça
faz o que ele quer. A crise é gigantesca, com as estratégias todas – ameaçar,
bater de frente ou, ao contrário, “manter o diálogo” – dando com os burros
n’água.
Chanceleres de Brasil, Colômbia e México
acenam com um “cardápio de opções” nesta segunda-feira, mas o que esse cardápio
poderia incluir? Ninguém, e nenhum país, sabe o que fazer. Os opositores, de
uma coragem impressionante, estão entregues à própria sorte, ou às tropas de
Maduro, trancados numa arena com a fera pronta para um mar de sangue.
2 comentários:
A Eliane sempre como uma mamãezinha , fica passando a mão na cabeça de seu filhinho Marginal que sempre está aprontando e ela sempre de braços abertos para acolhê-lo e perdoá-lo
É comovente ver uma jornalista que outrora respeitada, hoje se comporta como assessora de imprensa desse bandido corrupto que já foi condenado , preso e solto pelos amigos para virar presidente
Jesus!
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