sábado, 17 de outubro de 2009

Oposição não trabalha sob pressão do governo, diz Freire

Valéria de Oliveira
DEU NO PORTAL DO PPS

A oposição não deve entrar no timing do governo, que tem problemas sérios para emplacar sua candidata e passa por cima da lei, gasta dinheiro público em campanha eleitoral e se desdobra para fazer sua candidata superar Marina (Silva) e Ciro (Gomes). Assim o presidente do PPS, Roberto Freire, respondeu às pessoas que estão "angustiadas" ao assistir à antecipação da propaganda oficial em torno da ministra Dilma Roussef. "Não proponho que fiquemos deitados em berço esplêndido. Devemos agir sob o primado da lei".

Na próxima terça-feira, os partidos de oposição mais uma vez vão entrar na Justiça contra campanha eleitoral extemporânea com uso do dinheiro público. Freire cobrou das instituições responsáveis pela fiscalização da lei eleitoral que ajam para coibir ações como as que ocorreram nas viagens a Pernambuco e Norte de Minas, a pretexto de visitar obras da transposição do Rio São Francisco.

Angústia

"A desfaçatez do governo cria uma certa angústia naqueles que temem por a oposição não estar fazendo o mesmo; eu defendo a tranqüilidade, a calma, porque nós temos dois excelentes candidatos, entre os quais existe uma ótima relação, e as três forças que os apóiam não fazem exigência de lugar na chapa", disse Freire.

Na opinião dele, os pré-candidatos José Serra, governador de São Paulo, e Aécio Neves, de Minas Gerais, não devem incorrer nas ilegalidades que a oposição critica. "A oposição quer respeito à lei; nós não temos uma candidata ruim para entrar nesse desespero que o governo está, passando por cima de tudo; nada justifica isso". A preocupação é natural, diz Freire. "Mas temos de usar a razão: quem está mal na pesquisa é Dilma. Por isso essa sanha em gastar o dinheiro do contribuinte em prol da candidatura dela, o que é um insulto à nação".

Segundo Freire, o governo está "frenético" na exposição de Dilma, e, "nesta hora, que é de governar, fica inaugurando pedra fundamental, fazendo festa e gastando gogó". Enquanto isso, diz o presidente do PPS, problemas graves como o vazamento das provas do Enem, as "idas e vindas da taxação da poupança, a inconcebível retenção do Imposto de Renda - com o beneficiamento de Lula de forma abjeta - e a intromissão na Vale expõem as deficiências de uma administração que é feita apenas de publicidade".

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