DEU NO CORREIO BRAZILIENSE
A nove dias do prazo final que estipulou para fechar o primeiro escalão da Esplanada, presidente eleita anunciou seis ministros e escolheu outros 10. Faltam 21 ministérios, a maioria deles com donos ou reservados aos aliados
Denise Rothenburg
Com 21 ministérios a definir e apenas nove pastas para distribuir com os partidos aliados e, assim, fechar a composição final do primeiro escalão de seu governo, a presidente eleita, Dilma Rousseff, estuda ampliar as atribuições da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) para torná-la mais atrativa ao PMDB. O cargo foi oferecido ao ex-governador do Rio Wellington Moreira Franco, que recusou. Um dos setores que pode vir a ser incorporado pela pasta é, por exemplo, a aviação civil, um serviço que não deixa de ser estratégico, e conforme projeto de Dilma, sairia, assim, da seara da Defesa. O modelo, entretanto, ainda não está fechado.
A nove dias do prazo final que estipulou a si própria para concluir o desenho do primeiro escalão, a presidente eleita anunciou seis ministros e escolheu outros 10. Faltam 21 ministérios, os quais a maioria já tem dono ou está reservada a algum partido (confira quadro abaixo). Pelo menos nove deles, segundo integrantes da equipe de transição, serão do PT. E esse número pode chegar a dez, se ela decidir tirar Juca Ferreira da Cultura para entregar a alguma ala do seu partido. Estão certos para os petistas ministérios como a Educação, onde Fernando Haddad ainda não foi convidado formalmente, mas é apontado como um dos que permanecem, e Desenvolvimento Social, onde a atual ministra, Márcia Lopes, não está assegurada por causa da pressão dos nordestinos para ocupar o cargo. Dois outros são técnicos: Advocacia- Geral da União e Gabinete da Segurança Institucional, que deve ser extinto para dar lugar ao antigo Gabinete Militar.
Tirando esses 12, sobram nove, dos quais três já foram oferecidos ao PMDB para completar a cota de cinco cargos de primeiro escalão que o partido deseja. A tendência da presidente eleita é manter o convite feito a Edison Lobão para ocupar o Ministério de Minas e Energia, apesar das denúncias de que teria recebido em audiência um empresário ligado à máfia dos combustíveis do Rio de Janeiro e indicado para a Agência Nacional do Petróleo (ANP). O PMDB considera que, quando da indicação de Lobão para o Ministério em 2007, ele e o filho foram alvos de denúncias e, tão logo foi nomeado, as reportagens cessaram. Os peemedebistas avaliam que agora não será diferente.
O PMDB espera concluir o desenho de sua participação no governo nas próximas 48 horas e encerrar esse capitulo, com o ministro da Previdência para o Senado, onde um dos cotados é Garibaldi Alves (RN); o do Turismo para a Câmara — aí há vários nomes, inclusive o da deputada Marinha Raupp (PMDB-RO), uma forma de o PMDB colaborar com a cota de mulheres pedida por Dilma; e a SAE turbinada para abrigar Moreira Franco. Fechado o espaço do PMDB, Dilma paralelamente discutirá o desenho dos outros partidos e fechará os espaços do PT. Na Saúde, por exemplo, ela cogitou transferir Alexandre Padilha de Relações Institucionais para a Saúde, mas há quem pondere o perigo de abrir uma área política neste momento, o que poderia atiçar a fome das alas do próprio PT e dos aliados. Hoje, ela pode, inclusive, anunciar mais um lote e fechar a indicação para a Saúde. Afinal, um ponto está certo: essa pasta não está mais na cota do toma-lá dá cá da coalizão.
A situação da Esplanada
Confira como está a composição dos ministérios até agora
Já anunciados
» Casa Civil
Antonio Palocci
» Secretaria-Geral da Presidência da República
Gilberto Carvalho
A nove dias do prazo final que estipulou para fechar o primeiro escalão da Esplanada, presidente eleita anunciou seis ministros e escolheu outros 10. Faltam 21 ministérios, a maioria deles com donos ou reservados aos aliados
Denise Rothenburg
Com 21 ministérios a definir e apenas nove pastas para distribuir com os partidos aliados e, assim, fechar a composição final do primeiro escalão de seu governo, a presidente eleita, Dilma Rousseff, estuda ampliar as atribuições da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) para torná-la mais atrativa ao PMDB. O cargo foi oferecido ao ex-governador do Rio Wellington Moreira Franco, que recusou. Um dos setores que pode vir a ser incorporado pela pasta é, por exemplo, a aviação civil, um serviço que não deixa de ser estratégico, e conforme projeto de Dilma, sairia, assim, da seara da Defesa. O modelo, entretanto, ainda não está fechado.
A nove dias do prazo final que estipulou a si própria para concluir o desenho do primeiro escalão, a presidente eleita anunciou seis ministros e escolheu outros 10. Faltam 21 ministérios, os quais a maioria já tem dono ou está reservada a algum partido (confira quadro abaixo). Pelo menos nove deles, segundo integrantes da equipe de transição, serão do PT. E esse número pode chegar a dez, se ela decidir tirar Juca Ferreira da Cultura para entregar a alguma ala do seu partido. Estão certos para os petistas ministérios como a Educação, onde Fernando Haddad ainda não foi convidado formalmente, mas é apontado como um dos que permanecem, e Desenvolvimento Social, onde a atual ministra, Márcia Lopes, não está assegurada por causa da pressão dos nordestinos para ocupar o cargo. Dois outros são técnicos: Advocacia- Geral da União e Gabinete da Segurança Institucional, que deve ser extinto para dar lugar ao antigo Gabinete Militar.
Tirando esses 12, sobram nove, dos quais três já foram oferecidos ao PMDB para completar a cota de cinco cargos de primeiro escalão que o partido deseja. A tendência da presidente eleita é manter o convite feito a Edison Lobão para ocupar o Ministério de Minas e Energia, apesar das denúncias de que teria recebido em audiência um empresário ligado à máfia dos combustíveis do Rio de Janeiro e indicado para a Agência Nacional do Petróleo (ANP). O PMDB considera que, quando da indicação de Lobão para o Ministério em 2007, ele e o filho foram alvos de denúncias e, tão logo foi nomeado, as reportagens cessaram. Os peemedebistas avaliam que agora não será diferente.
O PMDB espera concluir o desenho de sua participação no governo nas próximas 48 horas e encerrar esse capitulo, com o ministro da Previdência para o Senado, onde um dos cotados é Garibaldi Alves (RN); o do Turismo para a Câmara — aí há vários nomes, inclusive o da deputada Marinha Raupp (PMDB-RO), uma forma de o PMDB colaborar com a cota de mulheres pedida por Dilma; e a SAE turbinada para abrigar Moreira Franco. Fechado o espaço do PMDB, Dilma paralelamente discutirá o desenho dos outros partidos e fechará os espaços do PT. Na Saúde, por exemplo, ela cogitou transferir Alexandre Padilha de Relações Institucionais para a Saúde, mas há quem pondere o perigo de abrir uma área política neste momento, o que poderia atiçar a fome das alas do próprio PT e dos aliados. Hoje, ela pode, inclusive, anunciar mais um lote e fechar a indicação para a Saúde. Afinal, um ponto está certo: essa pasta não está mais na cota do toma-lá dá cá da coalizão.
A situação da Esplanada
Confira como está a composição dos ministérios até agora
Já anunciados
» Casa Civil
Antonio Palocci
» Secretaria-Geral da Presidência da República
Gilberto Carvalho
» Fazenda
Guido Mantega
» Planejamento
Miriam Belchior
» Banco Central
Alexandre Tombini
» Justiça
José Eduardo Cardozo
Escolhidos
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Paulo Bernardo
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Fernando Pimentel
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Antônio Patriota
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Wagner Rossi
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Edison Lobão
» Ciência e Tecnologia
Aloízio Mercadante
» Trabalho
Carlos Lupi
» Relações Institucionais
Alexandre Padilha
O que falta fechar
» Meio Ambiente
Izabella Teixeira falou com os funcionários em tom de despedida
» Desenvolvimento Social
É do PT. O governador da Bahia, Jaques Wagner, faz força para indicar o ministro
» Saúde
Padilha esteve cotado para o cargo, mas a tendência de Dilma é buscar um médico de renome
» Desenvolvimento Agrário
Está reservado para o PT
» Direitos Humanos
Maria do Rosário (PT-RS)
» Educação
Fernando Haddad está cotado para permanecer no cargo
» Controladoria-Geral da União
Reservado para o PT
» Política para as Mulheres
Reservado para o PT
» Advocacia Geral da União
Luiz Adams está cotado para permanecer, caso não seja nomeado ministro do Supremo Tribunal Federal
» Esportes
Reservado para o PCdoB. Tendência é a permanência de Orlando Silva
» Gabinete da Segurança Institucional da Presidência
Em vias de ser substituído pelo Gabinete Militar
» Integração Nacional
Reservado para o PSB
» Portos
Reservado para o PSB
» Previdência Social
Oferecido ao PMDB
» Turismo
Oferecido ao PMDB
» Cidades
Tendência é permanecer com o PP
» Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE)
Oferecida ao PMDB
» Transportes
Oferecido ao PR
» Pesca
Oferecido a Ideli Salvatti (PT-SC)
» Micro e Pequena Empresa
Foi criado para abrigar o presidente da Apex, Alessandro Teixeira, mas pode servir para fechar acordo com aliados
» Cultura
A tendência é que seja entregue a um aliado
Fernando Pimentel
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Antônio Patriota
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Wagner Rossi
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Aloízio Mercadante
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Carlos Lupi
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Alexandre Padilha
O que falta fechar
» Meio Ambiente
Izabella Teixeira falou com os funcionários em tom de despedida
» Desenvolvimento Social
É do PT. O governador da Bahia, Jaques Wagner, faz força para indicar o ministro
» Saúde
Padilha esteve cotado para o cargo, mas a tendência de Dilma é buscar um médico de renome
» Desenvolvimento Agrário
Está reservado para o PT
» Direitos Humanos
Maria do Rosário (PT-RS)
» Educação
Fernando Haddad está cotado para permanecer no cargo
» Controladoria-Geral da União
Reservado para o PT
» Política para as Mulheres
Reservado para o PT
» Advocacia Geral da União
Luiz Adams está cotado para permanecer, caso não seja nomeado ministro do Supremo Tribunal Federal
» Esportes
Reservado para o PCdoB. Tendência é a permanência de Orlando Silva
» Gabinete da Segurança Institucional da Presidência
Em vias de ser substituído pelo Gabinete Militar
» Integração Nacional
Reservado para o PSB
» Portos
Reservado para o PSB
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» Turismo
Oferecido ao PMDB
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Tendência é permanecer com o PP
» Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE)
Oferecida ao PMDB
» Transportes
Oferecido ao PR
» Pesca
Oferecido a Ideli Salvatti (PT-SC)
» Micro e Pequena Empresa
Foi criado para abrigar o presidente da Apex, Alessandro Teixeira, mas pode servir para fechar acordo com aliados
» Cultura
A tendência é que seja entregue a um aliado
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