sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Sinal verde para São Paulo :: Roberto Freire

O PPS em São Paulo há muito vem trabalhando no sentido de superar a mesmice de um cada vez mais falso antagonismo entre o PT e PSDB.

Nesse sentido, vem se articulando junto a lideranças políticas oriundas do PV e ligadas à ex-senadora Marina Silva, visando garantir-lhes legenda e estreitar vínculos na possibilidade de uma caminhada comum, agora e no futuro.

Tal empreendimento, executado de forma aberta e transparente, levado a cabo por nossas mais expressivas lideranças políticas na cidade de São Paulo, a começar por nossa potencial candidata à prefeitura da capital, nas próximas eleições, tem um sentido muito claro, estabelecer um diálogo com uma força política que poderá sustentar um projeto nacional de longo prazo.

Assim, por iniciativa de Sônia Francine, conjuntamente com o diretório municipal de São Paulo, foi idealizado um movimento chamado “Um sinal verde para São Paulo”, contando, ainda, com a imprescindível parceria com a Rede Nossa São Paulo e o Programa Cidades Sustentáveis, o partido iniciou uma série de encontros regionais para elaborar um plano de governo para a Prefeitura de São Paulo—que pode servir de modelo para outras cidades e estados —, tendo como pressuposto o comportamento ético de seus candidatos e o compromisso com o desenvolvimento ambientalmente sustentado e socialmente justo, além de estabelecer princípios para uma gestão transparente e participativa.

As pesquisas para a Prefeitura de São Paulo, já divulgadas, apontam a jornalista e ex-vereadora Soninha Francine com 6% a 11% das intenções de voto, o que indica a viabilidade de construção de uma terceira força política, na cidade, agregando o máximo de pessoas dispostas a transformar para melhor a cidade e o país, em um projeto para disputar e vencer as eleições de 2012 e 2014.

O desafio colocado pela atual conjuntura é o de encontrarmos vias e formas para aproximar a política da vida concreta das pessoas, em um momento em que grassa o desencanto e mesmo um sentimento refratário, mormente entre os jovens, da capacidade de a política ser um instrumento efetivo de transformação e mudança da sociedade, quando assistimos todos os dias exemplos nada edificantes de representantes da sociedade, seja nos parlamentos, seja nos executivos, envolvidos com graves denúncias de corrupção.

Esse pacto é proposto exatamente no momento em que, assim como os chamados “marineiros”, o PPS também busca a formatação de uma nova organização política, mais aberta, transparente, democrática, renovada, sensível aos anseios da população e que supere o atual modelo ultrapassado de política partidária brasileira.

Acreditamos que o sistema democrático de governo para ser legítimo, tem que ser marcado com o selo da participação cidadã e eficaz na resolução dos problemas vividos pela sociedade moderna.

Nesse sentido, nossa aproximação com os “marineiros” tem também o viés pedagógico de mostrar que forças políticas com formações diferenciadas podem construir novas formas de fazer política e avançar o processo democrático.

Roberto Freire, deputado federal (SP) e presidente do PPS

FONTE: BRASIL ECONÔMICO

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