Maria Lima
BRASÍLIA. O senador e presidenciável tucano Aécio Neves (MG) subiu ontem à tribuna do Senado e anunciou que acabou o período de carência em relação à presidente Dilma Rousseff e que daqui para frente o PSDB fará a cobrança mais agressiva de resultados do governo. Questionando a fama de gestora de Dilma e concluindo que o governo envelheceu, Aécio tentou cumprir o figurino de principal opositor.
O senador fez um balanço da gestão Dilma, afirmando que há paralisia em todas as áreas e que é falsa a imagem da gestora que, por si só, "seria capaz de tomar heroicamente as rédeas do país e transformar em realidade os tantos sonhos prometidos em vão".
Aécio reclamou especialmente da suspensão de recursos para construção de 218 UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) previstas em Minas. Disse que vai mandar ofício ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, pedindo informações sobre a suspensão dos recursos.
- O período de carência acabou. Estamos inaugurando uma nova fase de cobrança das promessas em realidade. O país está paralisado, nenhuma reforma estruturante foi enviada ao Congresso. Não dá para viver mais no mundo da propaganda oficial. Não vivemos no país das maravilhas - criticou Aécio.
Sobre a demissão de ministros, Aécio disse que a mão de Dilma baixou sobre cada um, como se não fosse a sua própria mão que os nomeara:
- De crise em crise e de queda em queda de autoridades, uma parte importante do mandato presidencial esvaiu-se (...) A verdade é que o governo envelhece.
- Sinal de que nova postura mais agressiva, contundente, está começando - disse Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP).
Parlamentares da base desdenharam:
- Não ouvi não! Tinha muita coisa para fazer - respondeu o ex-líder do PT, senador Humberto Costa (PE).
Líder do PT, Walter Pinheiro (BA) preferiu não comentar.
FONTE: O GLOBO
Nenhum comentário:
Postar um comentário