- Folha de S. Paulo
Porteira aberta
O primeiro desafio de Beto Albuquerque como candidato a vice-presidente será conter a debandada do PMDB gaúcho da campanha de Marina Silva. Parlamentares que apoiavam Eduardo Campos já ameaçam abandonar o palanque do PSB no Estado. "Nós defendemos o agronegócio. Se a Marina insistir naquele discurso estreito do ambientalismo, não teremos outra alternativa senão apoiar o Aécio Neves", avisa o deputado Alceu Moreira (PMDB-RS), da bancada ruralista.
Trator ligado Para Alceu Moreira, a presidenciável defendeu medidas "nocivas" ao agronegócio no debate do Código Florestal. "Não vamos trocar nossos ideais por um prato de lentilhas", afirma.
Vai ter que mudar O deputado Osmar Terra (PMDB-RS) diz que Marina tem posições "radicais" e terá que se comprometer com o discurso moderado de Campos. "Se houver mudança de rumo, vamos reavaliar nosso apoio."
Bombeiro Beto Albuquerque, que volta hoje a Porto Alegre, vai prometer aos peemedebistas que Marina honrará os compromissos da chapa original. "Vou dizer que serei uma pulga nesse sentido. Serei o fiador".
Um a menos Outro aliado de Campos, o candidato do PMDB ao governo de Mato Grosso do Sul, Nelsinho Trad, já decidiu que não apoiará Marina. Ele avisou ontem ao vice-presidente Michel Temer que optará pela neutralidade.
Chuchu é verde Prefeitos do PSB paulista não se conformam com a resistência da ex-senadora ao governador Geraldo Alckmin (PSDB). "Não dá para entender por que ela não quer aparecer com alguém que tem 55% nas pesquisas. É absurdo", diz Vinícius Camarinha, de Marília.
Bolo de rolo Na reunião fechada com o PSB, Marina se emocionou e chorou ao lembrar expressões pernambucanas que Campos usava, como "Vamos moer a garapa".
Tempo quente Sentindo-se escanteado por Marina, o coordenador da campanha de Campos, Carlos Siqueira, não quis votar a favor da nova chapa e se recusou a redigir a ata da reunião de ontem. Ele deixou a sede do PSB antes do anúncio da candidatura.
Lá vem ele Marineiros já esperam um confronto direto com Aécio no debate da Band, na terça-feira. O grupo acredita que o tucano vai dirigir perguntas à ex-senadora para tentar marcar diferenças entre suas candidaturas.
Ele apareceu Criticada por esconder FHC na na TV, a campanha de Aécio divulgou vídeo na internet em que o ex-presidente convoca voluntários para ajudá-lo.
Não, obrigado Do vice tucano, Aloysio Nunes, sobre a aparição de Dilma cozinhando durante o horário eleitoral: "Eu não comeria aquele macarrão nunca".
Posso pedir pizza? O senador diz que a presidente já preparou uma omelete "horrível" no programa de Ana Maria Braga. "Não sei se ela aprendeu a cozinhar. A governar, não aprendeu".
Tomou de lá O senador Eduardo Suplicy (PT) se apropriou de slogan do adversário José Serra (PSDB). Dois atores seguravam cartazes com o texto "Suplicy é do bem".
Tomou de cá Gilberto Kassab (PSD) também avançou sobre o discurso de Serra ao fazer propaganda dos programas Mãe Paulistana e Remédio em Casa.
Guia dos curiosos Candidato ao Senado no Rio, o ex-prefeito Cesar Maia (DEM) atacou de professor de geografia na TV. "O ponto mais alto do Estado é o pico das Agulhas Negras. É raro, mas pode até nevar", ensinou.
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Tiroteio
"O governador Pezão mentiu tantas vezes no debate que vai terminar a campanha eleitoral com outro apelido: Pinóquio."
DE ANTHONY GAROTINHO, candidato do PR ao governo do Rio, sobre as farpas com o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) no debate da TV Bandeirantes.
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Contraponto
Seguro morreu de velho
Em sessão recente na Câmara Municipal de São Paulo, o presidente José Américo (PT) colocou em discussão um projeto de lei dos tucanos Aurélio Nomura e Coronel Telhada, o ex-comandante da Rota que integra a bancada da bala. O texto obriga os organizadores de eventos religiosos a contratar seguro para o público.
Eduardo Tuma (PSDB), da bancada evangélica, tomou coragem para pedir que o texto não fosse a votação:
--Senhor presidente, com todo o respeito que tenho pelo Aurélio Nomura, e com todo o receio que tenho do nobre vereador Coronel Telhada... peço o adiamento!
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