• Goldman avalia que falta de debate interno se agravou após Aécio
Catia Seabra, Gustavo Uribe – Folha de S. Paulo
SÃO PAULO - Em carta enviada à cúpula nacional do PSDB, o primeiro vice-presidente do partido, Alberto Goldman, afirmou nesta terça-feira (26) que a legenda não é capaz de dizer o que faria se tivesse vencido as eleições presidenciais.
"Nós não temos um projeto de país", reclamou.
O texto foi endereçado ao comando tucano em meio ao debate da reforma política na Câmara dos Deputados.
No momento em que parte da bancada tucana ameaçava apoiar o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na defesa do "distritão" --21 deputados da sigla acabaram votando a favor da proposta, que foi derrotada--, o ex-governador paulista disse à Folha que "a falta de debate interno se agravou no período recente, de Aécio Neves".
Candidato derrotado à sucessão presidencial no ano passado, o senador mineiro assumiu o comando da sigla em 2013 e deve ser reconduzido para o cargo até 2017.
Goldman queixou-se na carta de que questões como a reforma política e mudanças previdenciárias "não são discutidas e decididas pelo partido em seu foro natural e legítimo". O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), reagiu: "Estivesse Goldman participando mais ativamente do dia a dia da ação das bancadas, certamente teria posição diferente sobre a firme condução de Aécio".
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