“É às custas dessa modificação que Tocqueville introduz em sua análise uma dialética revolucionária, evidentemente indispensável ao próprio objeto de seu trabalho. Pois a “democracia”, tal como ele a estudou nos Estados Unidos, é não somente um estado de sociedade, mas um estado de fundação, conduzido ex nihilo por homens de espirito democrático, sem que eles tenham tido que lutar contra um espírito, uma história ou tradição inversa. Existe aí o desenvolvimento harmonioso de uma sociedade global, cujo princípio democrático, encarnado nos fatos, molda todos os níveis, especialmente as mentalidades e os costumes.”
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François Furet (27/3/1927-12/71997), foi um historiador francês, membro da Academia Francesa. ‘Pensando a Revolução Francesa’, p.168 – 2ª edição. Editora Paz e Terra, 1989
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