Coluna do Estadão / O Estado de S. Paulo.
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O discurso de posse do novo diretor-geral da PF, Fernando Segovia, surpreendeu até o Planalto. O núcleo do governo avaliou que a performance do novo chefe da PF foi muito além do esperado e funcionou como uma tranca na porta da Lava Jato, o que deixou os articuladores do governo exultantes. Segovia foi considerado corajoso por dizer que uma mala com meio milhão apreendida com o ex-assessor de Michel Temer na saída de uma pizzaria não significa nada. Isso após Rocha Loures devolver o dinheiro alegando que não era dele.
» Voltando... O ministro Antonio Imbassahy já foi avisado pelo presidente Michel Temer da pressão do PMDB para que ele nomeie o deputado Carlos Marun (PMDB-MT) no seu lugar na Secretaria de Governo. Imbassahy só espera a definição da data para retomar seu mandato na Câmara.
» ...pra casa. Ao contrário do que se especulou, Imbassahy não será transferido para outro ministério. Por vontade própria. O presidente gostaria de mantê-lo no governo.
» Aval. Marun se viabilizou após receber o apoio da bancada mineira do PMDB. “Ele tem toda capacidade para assumir o ministério, é escolha de altíssima qualidade”, diz o deputado federal Newton Cardoso.
» Fominhas. A pressão do PMDB pelo cargo de Imbassahy aumentou depois de o PP ganhar o Ministério das Cidades. Principal partido do Centrão, os progressistas já têm Saúde, Agricultura, Caixa, CBTU e posições no Banco do Brasil.
» Mesma tecla. Os coordenadores da campanha de Marconi Perillo (GO) à presidência do PSDB vão insistir hoje em reunião com o grupo de Tasso Jereissati (CE) numa chapa única para o diretório nacional.
» É crise. Justificam que não é possível imaginar um diretório sem a presença do governador Geraldo Alckmin (SP) ou de FHC, o que vai ocorrer se Tasso não aceitar o acordo e vencer.
» Fake news. O presidente interino do PSDB, Alberto Goldman, disse a interlocutores que conseguiu convencer Tasso Jereissati a desistir da disputa pelo comando da sigla. Tasso nega.
» Mais um. O ex-senador José Aníbal avisou ao PSDB que vai disputar as prévias para concorrer ao governo de São Paulo se o senador José Serra não se candidatar. Ele é suplente do tucano no Senado.
» Banco de reservas. Além de Aníbal, o ministro Gilberto Kassab (PSD) também afirma que só entra na disputa se Serra ficar de fora.
» De tudo. Com a decisão de Aníbal, já são cinco os tucanos citados para o governo. A lista inclui Serra, Bruno Covas, Floriano Pesaro e Luiz Felipe D’ávila.
» Só um item. O líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), sugeriu a Michel Temer que reduza a reforma da Previdência a idade mínima.
» Base dissidente. Já o líder do PR na Câmara, José Rocha, avisou ao Planalto que sua bancada votará contra a reforma da Previdência, seja ela qual for. O PR tem 37 deputados.
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