sábado, 3 de março de 2012

Isolamento não preocupa Guerra

Em entrevista à Rádio JC/CBN, presidente do PSDB diz que PMDB e DEM têm isolado seu partido, mas que a candidatura de Daniel Coelho à Prefeitura está assegurada

Gilvan Oliveira

O presidente nacional do PSDB, deputado Sérgio Guerra, admitiu ontem isolamento do partido nesse período de pré-campanha à Prefeitura do Recife, fruto, segundo ele, de um movimento deliberado de distanciamento das outras siglas oposicionistas à gestão João da Costa (PT), principalmente PMDB e DEM. Mas assegurou que os tucanos terão candidatura própria a prefeito, a do deputado estadual Daniel Coelho, mesmo que o PSDB não atraia legendas para uma coligação, indo à disputa com uma chapa “puro sangue”. “O isolamento não nos aflige”, disse o parlamentar, em entrevista à Rádio JC/CBN.

Apesar de acusar o isolamento, Guerra classificou como “legítimas” as pré-candidaturas a prefeito dos seus colegas de Câmara Federal Raul Henry (PMDB) e Mendonça Filho (DEM). Frisou, no entanto, que ao PSDB, que sempre serviu de suporte aos dois tradicionais aliados, indicando seus vices e fechando coligações proporcionais, chegou a hora de encabeçar uma candidatura majoritária no principal colégio eleitoral do Estado. “Nós já votamos tantas vezes neles, não podem eles votar na gente?”, indagou.

O deputado procurou desmistificar a tese das oposições no Recife como uma reedição da extinta União por Pernambuco, coligação que deu suporte político às duas gestões estaduais de Jarbas Vasconcelos (PMDB). Ele, aliás, fez questão de excluir o PSDB de uma nova reunião do bloco, ironizando uma falta de renovação nos quadros dos demais partidos. “A união de todo mundo com as mesmas caras, para dizer as mesmas coisas, não contem comigo”, advertiu, apontando Daniel Coelho a “cara nova” no debate sucessório do Recife.

Pelas declarações de Guerra na entrevista, ficou enfatizado que a relação dos tucanos com os antigos aliados está tensa e distante, principalmente com o PMDB, porém sem desbancar para um rompimento. Ele ironizou o fato de atribuírem esse distanciamento à proximidade do PSDB com o PSB, do governador Eduardo Campos. “Me diga um que não se diz amigo do governador ou tem conversas com ele”, questionou.

FONTE: JORNAL DO COMMERCIO (PE)

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