sexta-feira, 25 de maio de 2012

Para sorte do PT, oposição não tem nome forte

Ricardo Noblat

O PT do Recife atravessa um período infernal desde que no ano passado o deputado João Paulo, que antecedeu João da Costa no cargo de prefeito, resolveu ser candidato a prefeito outra vez. Foi ele que elegeu João da Costa prefeito. Mas os dois romperam relações pouco tempo depois. João Paulo queria mandar no seu sucessor. João da Costa rebelou-se.

Até Lula foi chamado a intervir para desatar o nó da eleição municipal deste ano no Recife. Lula não gosta de João Paulo. Queria que Rands o tivesse sucedido há quatro anos - mas João Paulo preferiu indicar João da Costa. De todo modo, Lula afastou João Paulo da disputa deste ano. E estimulado por Eduardo Campos, mandou que Rands enfrentasse João da Costa em uma prévia.

O prefeito ficou isolado. Quase todos os deputados federais e estaduais apoiaram Rands. O senador Humberto Costa também. E o próprio presidente do PT no Estado. Foi intensa a troca de desaforos entre os dois candidatos e seus correligionários. Houve agressões a murros. Para ao fim e ao cabo acontecer o que quase ninguém esperava: a vitória de João da Costa na prévia.

A próxima prévia será feita sob o controle rígido e integral do PT nacional, que deslocará para o Recife todo o aparato necessário para isso - material e dirigentes para funcionarem como fiscais. A essa altura, a sorte do PT é que a oposição não tem um nome forte para concorrer em outubro com João da Costa ou Rands.

FONTE: O GLOBO

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