Esta é a herança que precisamos resgatar. Ou
seja, aquela da opção pela paz e concórdia entre os povos.
A guerra mundial de 1939-1945 também ensina. Sob essa ótica, o que mais impressiona neste conflito militar, iniciado pela Rússia de Putin, é o desequilíbrio entre o poderio militar russo e as suas limitações econômicas e também demográficas. Se a Alemanha nazista possuía muita gente para pouco território, a Rússia de Putin tem muito território para pouca gente. Aí mora o perigo, a tentação imperialista. A mescla de identitarismo étnico com terror e manipulação nacionalista tem endereço certo: fascismo.
A própria União Europeia hoje envolvida no
conflito Rússia-Ucrânia não teve força política suficiente para atrair a Rússia
para um projeto comum. As consequências disso poderão ser trágicas.
Contudo, deveremos insistir no seguinte ponto:
a globalização é um dado da realidade cada vez mais irreversível. O resto é
retrocesso.
O povo russo, como em outubro de 1917, precisa
tomar novamente seu destino em mãos.
O embate se dá entre a Civilização e a
Barbárie.
Quem nos alertou para isso, desde o início dos
anos 30, foi o extraordinário dirigente operário búlgaro George Dimítrov.
Impõe-se uma saída negociada para o conflito,
antes que seja tarde.
Não por acaso, dezenas de países, assim como a
própria ONU, insistem numa via negociada para a solução do impasse. Somente
ditaduras de quinta categoria, como a Venezuela, de Maduro, e a Nicarágua, de
Ortega, e outras da mesma natureza, parecem apostar numa guerra.
Viva a Democracia!
Viva a luta pela Paz!
Viva o internacionalismo!
*Historiador, autor de mais de uma dezena de importantes obras
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