sábado, 10 de dezembro de 2022

Bolsonaro quebra o silêncio e defende atos antidemocrático

Presidente fez um discurso de 15 minutos em que reclamou de críticas e disse que período de reclusão 'dói na alma'

Por Jussara Soares e Daniel Gullino / O Globo

BRASÍLIA - Após 37 dias sem se manifestar publicamente, o presidente Jair Bolsonaro (PL) rompeu o silêncio nesta sexta-feira e se dirigiu a apoiadores que se aglomeraram diante do Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência. Por cerca de 15 minutos, fez um discurso em que reclamou de críticas, disse se responsabilizar pelos seus erros e que o período de reclusão "dói na alma".

— Estou praticamente há quarenta dias calado, não é fácil. Dói, dói na alma. Sempre fui uma pessoa feliz no meio de vocês, mesmo arriscando minha vida no meio do povo, como arrisquei em Juiz de Fora em setembro de 2018 — afirmou.

Desde a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Bolsonaro adotou uma rotina de reclusão. Diminuiu as publicações nas redes sociais e interrompeu as lives que eram transmitidas às quintas-feiras. A última vez que o atual presidente havia se dirigido aos apoiadores foi em 2 de novembro, quando gravou um vídeo pedindo que manifestantes desocupassem as rodovias.

Os manifestantes, que têm ocupado as frentes dos quarteis, começaram a chegar à residência oficial ainda durante o jogo do Brasil pela Copa do Mundo. O grupo, aliás, chegou a comemorar quando a Seleção Brasileira foi eliminada da competição pela Croácia nos pênaltis.

Após a derrota, Bolsonaro se dirigiu ao gramado em frente do Palácio da Alvorada. Inicialmente, ouviu em silêncios os apoiadores que gritavam “eu autorizo" e cobravam ação das Forças Armadas. Só depois iniciou um discurso, acompanhado do ex-ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, e do ex-ministro do Turismo, Gilson Machado.

O atual chefe do Executivo, sem ser específico sobre o que dizia, pediu para que as pessoas não fizessem críticas sobre o que elas não sabem.

— As decisões, quando são exclusivamente nossas, são menos difíceis e menos dolorosas. Mas quando elas passam por outros setores da sociedade são mais difíceis e devem ser trabalhadas. Se algo der errado é porque eu perdi a minha liderança. Eu me responsabilizo pelos meus erros. Mas peço a vocês: não critiquem sem ter certeza absoluta do que está acontecendo— disse.

Ao encerrar sua fala, Bolsonaro chamou de “cidadãos de verdade" os manifestantes que contestam, sem provas, o resultado das eleições.

— Vocês estão se manifestando de acordo com as nossas leis. Vocês são cidadãos de verdade. Está na hora de parar de ser tratado como outra coisa aqui no Brasil — disse.

4 comentários:

Anônimo disse...

É o palerma da República sendo ... palerma. Palavras vazias, discurso incoerente, nenhuma prova, efeito sempre no futuro, responsabilidade zero ...
Nisso ele é bom, um palerma perfeito.

Anônimo disse...

Sem Bozo, sem Copa, sem Taça com Neymar, sem Golpe!
Nem Mito, nem Hexa, nem 'Meu exército', nem 'Minhas FFAA', e, brevemente, sem 'nossas liberdades'....
Os minions sifu!
Vida de gado em 2023 vai ser difícil praca!

Anônimo disse...

Neste mais de mês de reclusão, o GENOCIDA está TREINANDO pros próximos anos de CADEIA!

ADEMAR AMANCIO disse...

Misericórdia!