DEU NA FOLHA DE S. PAULO
Depois de atravessar o pior dezembro da história, o mercado de trabalho deverá enfrentar neste ano o pior janeiro desde, ao menos, 1999 -ano da desvalorização do real. Com base em números preliminares, o ministro Carlos Lupi (Trabalho) disse que o saldo de vagas no mês passado foi negativo.
A última vez em que isso ocorreu foi há dez anos, quando o mercado perdeu 41.211 vagas. Em 1998, o mercado já havia fechado 85.320 vagas. A partir de 2000, janeiro tem sido um mês de aumento do emprego formal. No ano passado, o número alcançou o seu maior patamar para o primeiro mês do ano: 142.921 postos.
"Ainda não temos a radiografia total, mas janeiro e fevereiro serão meses muito difíceis. Janeiro também será negativo, de acordo com os dados preliminares. Só que será muito menos da metade do que ocorreu em dezembro", disse o ministro, que, há menos de um mês, chegou a afirmar que janeiro seria positivo na geração de vagas.
Em dezembro, o mercado de trabalho fechou 655 mil postos -foi o pior mês desde que o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) começou a ser elaborado, em 1992.Ao longo do ano passado, o mercado de trabalho formal acumulou saldo positivo de 1,452 milhão de vagas.
Na avaliação do ministério, alguns setores, como construção civil, serviços e agricultura, vêm mostrando recuperação em alguns Estados. Lupi destacou o aumento das contratações em janeiro, com provável saldo positivo, em seis Estados: Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Rio Grande do Sul.
No Rio de Janeiro, em São Paulo e em Minas Gerais, porém, o mercado formal (com registro em carteira) continuará encolhendo em janeiro. Lupi disse que os setores siderúrgico, de extração mineral, de exportação de frutas e de couro e calçados são exemplos de áreas em que ainda não há indicativos de melhora.
"Vou a Volta Redonda ainda nesta semana para negociar um acordo e evitar demissões no setor siderúrgico. Eles estão com estoque para três meses e ainda vão reformar um forno. Vamos discutir uma saída", afirmou o ministro.
Para ele, em março o mercado de trabalho deverá voltar ao azul, com geração líquida de empregos. (Julianna Sofia)
Depois de atravessar o pior dezembro da história, o mercado de trabalho deverá enfrentar neste ano o pior janeiro desde, ao menos, 1999 -ano da desvalorização do real. Com base em números preliminares, o ministro Carlos Lupi (Trabalho) disse que o saldo de vagas no mês passado foi negativo.
A última vez em que isso ocorreu foi há dez anos, quando o mercado perdeu 41.211 vagas. Em 1998, o mercado já havia fechado 85.320 vagas. A partir de 2000, janeiro tem sido um mês de aumento do emprego formal. No ano passado, o número alcançou o seu maior patamar para o primeiro mês do ano: 142.921 postos.
"Ainda não temos a radiografia total, mas janeiro e fevereiro serão meses muito difíceis. Janeiro também será negativo, de acordo com os dados preliminares. Só que será muito menos da metade do que ocorreu em dezembro", disse o ministro, que, há menos de um mês, chegou a afirmar que janeiro seria positivo na geração de vagas.
Em dezembro, o mercado de trabalho fechou 655 mil postos -foi o pior mês desde que o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) começou a ser elaborado, em 1992.Ao longo do ano passado, o mercado de trabalho formal acumulou saldo positivo de 1,452 milhão de vagas.
Na avaliação do ministério, alguns setores, como construção civil, serviços e agricultura, vêm mostrando recuperação em alguns Estados. Lupi destacou o aumento das contratações em janeiro, com provável saldo positivo, em seis Estados: Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Rio Grande do Sul.
No Rio de Janeiro, em São Paulo e em Minas Gerais, porém, o mercado formal (com registro em carteira) continuará encolhendo em janeiro. Lupi disse que os setores siderúrgico, de extração mineral, de exportação de frutas e de couro e calçados são exemplos de áreas em que ainda não há indicativos de melhora.
"Vou a Volta Redonda ainda nesta semana para negociar um acordo e evitar demissões no setor siderúrgico. Eles estão com estoque para três meses e ainda vão reformar um forno. Vamos discutir uma saída", afirmou o ministro.
Para ele, em março o mercado de trabalho deverá voltar ao azul, com geração líquida de empregos. (Julianna Sofia)
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