sexta-feira, 14 de março de 2014

Indicação para o Turismo não pacifica o PMDB, diz Raupp

Presidente do partido avalia que ‘vai demorar’ para passar crise entre o governo e a bancada da Câmara

Luiza Damé

BRASÍLIA - O presidente nacional do PMDB, senador Valdir Raupp (PMDB-RO), disse nesta quinta-feira que a escolha do ex-prefeito de Ouro Preto (MG) Ângelo Oswaldo (PMDB-MG) para a pasta do Turismonão pacifica o partido. Segundo ele, o nome, que ainda não foi oficialmente anunciado pelo Palácio do Planalto, não agrada nem a bancada de Minas Gerais. O senador afirmou ainda que não há confirmação se a posse dos novos ministros será nesta sexta-feira.

- Sinceramente, não (ameniza a crise do PMDB). Não pacifica nem Minas Gerais - afirmou o senador ao chegar no Palácio do Planalto para participar da solenidade de anúncio de recursos para obras de mobilidade urbana em Brasília, Goiânia, Natal e João Pessoa.

Segundo Raupp, a indicação de Neri Geller para o Ministério da Agricultura tem o apoio do partido.

No entanto, ele reforçou que a decisão sobre a reforma ministerial cabe a Dilma. O parlamentar lembrou ainda que a decisão da bancada do partido na Câmara é de não indicar nomes. Portanto, para o senador, a relação entre os peemedebistas da Câmara e o governo continuará abalada.

- Na bancada da Câmara vai demorar um pouco (a pacificação) - disse.

Para Raupp, "um conjunto de fatores" incluindo a reforma ministerial, a liberação de emendas orçamentarias e a aliança para eleições do próximo ano provocam o clima de animosidade entre o PMDB e o governo. Ele acredita que a relação pode melhorar assim que o PT e PMDB fecharem acordos nos estados. Raupp prevê a possibilidade de entendimento em 12 ou 13 estados.

O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), disse que os deputados peemedebistas não participaram da escolha de nomes do partido para compor o ministério da presidente Dilma Rousseff. Ele afirmou, no entanto, que as escolhas são boas.

- O PMDB da Câmara, do qual eu faço parte, não está participando das indicações. Essa foi uma decisão unânime da bancada, respeitando o direito da presidente de escolher os nomes, Agora, não podemos negar que ela fez boas escolhas - afirmou.

Henrique, que participou de uma reunião com Dilma e o vice Michel Temer antes da solenidade, disse não ter informações sobre a reforma ministerial. Segundo ele, o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, disse que a posse será nesta sexta-feira, às 10h.

O presidente da Câmara participou do anúncio de R$ 3,840 bilhões para obras urbanas em sete capitais, incluindo Natal.

Fonte: O Globo

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