Pré-candidato do PSDB à Presidência, senador afirma que ele e o ex-governador pernambucano podem tirar Dilma da disputa ao Planalto
Elizabeth Lopes e Pedro Venceslau – O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO - O senador e pré-candidato do PSDB, Aécio Neves (MG), afirmou que não descarta um segundo turno nestas eleições entre sua candidatura e a do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB). O tucano participa nesta segunda-feira, 28, de palestra na Associação Comercial de São Paulo.
Para Aécio, ele e Campos são concorrentes de "alto nível" e a presidente Dilma Rousseff pode ficar de fora da disputa. Desde o início do ano, o senador vem intensificando suas agendas em São Paulo com objetivo de se tornar mais conhecido do eleitorado paulista e do empresariado local.
Durante a palestra, o senador repetiu quais mudanças que pretende implementar se for eleito, entre reduzir à metade o número de ministérios. "Se for eleito, e creio que o PSDB tem condições para isso, vou acabar com metade dos atuais 39 ministérios e simplificar o sistema tributário", afirmou. "Hoje há uma concentração absurda nas mãos da União."
Aécio repetiu ainda que vai defender mandatos eletivos de cinco anos, sem reeleição.
Críticas a Dilma. Ao defender a redução de ministérios, Aécio aproveitou para atacar a gestão do atual governo e lembrou as atuais denúncias de corrupção envolvendo a Petrobrás. "Não é possível que o Brasil seja governado de forma perdulária", afirmou.
Aécio tirou risos da plateia ao dizer que o ministro das Micro e Pequenas Empresas, Guilherme Afif Domingos (PSD-SP), é o "homem certo no governo errado". Afif é do mesmo partido do ex-prefeito Gilberto Kassab, atual vice-presidente da Associação Comercial de São Paulo. Na noite de domingo, Aécio participou de um jantar na casa de Kassab.
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