- Correio Braziliense
Temer assume São Paulo
Para bons entendedores, poucas palavras bastam. Depois de Paulo Skaf (PMDB) dizer que seguirá seu partido na campanha presidencial, ficou claro para o vice-presidente Michel Temer que seu candidato a governador de São Paulo não pretende mover montanhas e nem palhas em favor da reeleição da presidente Dilma Rousseff, ainda que Temer seja o vice. Portanto, daqui para frente, Temer coordenará a campanha pró-Dilma entre os peemedebistas no estado. O vice cogita inclusive transformar o escritório em comitê para distribuição de material da presidente aos partidários. Afinal, em caso de os votos em São Paulo minguarem, Temer não quer ser acusado de ter feito corpo mole. Se trabalhar, ficará explícita a velha frase: "Fiz a minha parte".
Enquanto isso, no Rio Grande do Sul...
Nos pampas, onde o PMDB caminha nesta eleição aliado ao PSB de Eduardo Campos, Temer vai inaugurar comitês do partido exclusivamente para a campanha da presidente Dilma Rousseff. A ordem é não deixar que as constantes visitas do senador Aécio Neves ao estado surtam efeito.
Sem "pegada"
Até aqui, os especialistas em campanha na internet consideram que o marketing político nessa seara deixa a desejar. Nenhuma proposta, frase ou mesmo gafe de candidato a presidente da República se tornou viral — expressão usada para definir algo que se espalha rapidamente, sem controle do autor. Sinal de que a campanha ainda não pegou. Essa constatação — somada à esperança dos candidatos de que as entrevistas ao Jornal Nacional produzam algum efeito nas pesquisas — é a demonstração de que a campanha brasileira continua lastreada na velha tevê, sem impregnar as redes sociais.
Salve-se quem puder
A sensação dos políticos é a de que ou eles dão uma resposta às denúncias feitas por Meire Posa envolvendo parlamentares ou os crimes elencados pela ex-contadora do doleiro Alberto Youssef vão sobrar para todos.
Homens ao mar
Por enquanto, o mais fácil é dar uma turbinada nas ações que correm no Conselho de Ética contra André Vargas e Luiz Argôlo. Há quem diga que, se o colegiado aprovar já o parecer contra Vargas, será, ao menos, uma resposta, para evitar que o caso termine desgastando ainda mais todos os atuais deputados.
A aposta é o Senado
Os deputados do Conselho de Ética talvez sejam os únicos a dar as caras em Brasília antes da eleição. Os demais não querem saber de vir a Brasília. Quanto aos senadores, a ordem é baixar na cidade. A galera vem com vontade para tentar turbinar a CPI da Petrobras.
O alvo
O fato de Eduardo Campos destacar o passe livre estudantil em todas as entrevistas via internet não é por acaso. É que na rede está a juventude que deflagrou o movimento de junho de 2013 nas ruas, e é a forma mais fácil de atingir esse público.
Chicletes da oratória/ Os marqueteiros bem que tentam, mas há certas "muletas" no discurso que as pessoas não perdem. No caso da presidente Dilma Rousseff, não há quem faça com que ela deixe de for a um "no que se refere..." ou "sistematicamente". Quanto o tema é o setor elétrico vem sempre o adjetivo "robusto". Faz parte.
Alta rotatividade.../ Em agosto de 2013, Leônidas Cristino representou o governo na Santos Export, a mais importante do setor. Seu sucessor na Secretaria de Portos, Antonio Henrique Silveira, não ficou tempo suficiente no cargo para participar da feira deste ano. O ministro César Borges (foto), que assumiu há menos de dois meses, é quem fará o contato direto com o empresariado este ano.
...com ar eleitoral/ César Borges não estará sozinho como ficou Leônidas no ano passado. Desta vez, diante do desfile de candidatos a presidente na feira, Dilma será representada pelo vice-presidente Michel Temer.
Desistiu/ O secretário-geral do PSD, Saulo Queiroz, desistiu de concorrer a um mandato de deputado federal por Mato Grosso do Sul, seu berço político. Ás da articulação política, volta a atuar nos bastidores.
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