Alta foi a terceira consecutiva e projeções apontam para crescimento do PIB superior a 1% no ano
Daniela Amorim, Denise Luna, Vinicius Neder, Célia Froufe, Francisco Carlos de Assis, Karla Spotorno, Maria Regina Silva e Eduardo Rodrigues / O Estado de S. Paulo
RIO E SÃO PAULO - A economia brasileira registrou no terceiro trimestre sua terceira alta seguida. Entre julho e setembro, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,1%. Apesar de modesto, o número foi bem recebido pelo mercado, que revisou projeções para cima e agora fala em crescimento até superior a 1% no ano. O IBGE reviu os números do primeiro e do segundo trimestres e concluiu que a economia cresceu mais do que o anunciado anteriormente. Entre janeiro e março, a alta do PIB passou de 1% para 1,3%. Entre abril e junho, foi de 0,2% para 0,7%. Além disso, alguns indicadores sinalizam que a retomada do crescimento começa a ganhar consistência. Os investimentos registraram a primeira alta (1,6%) ante o trimestre anterior, após 15 períodos de queda. O com
sumo das famílias repetiu o ritmo de crescimento (1,2%) do segundo trimestre.
A economia brasileira registrou no terceiro trimestre sua terceira alta seguida. Entre julho e setembro, o produto interno bruto (PIB) cresceu 0,1%. Apesar de modesto, o número foi bem recebido pelo mercado. Um dos motivos do otimismo é que o IBGE revisou os números do primeiro e do segundo trimestres e concluiu que a economia cresceu mais que o anunciado anteriormente. Dessa forma, entre janeiro e março, o PIB passou de 1% para 1,3% de alta. Entre abril e junho, foi de 0,2% para 0,7%.
Além disso, alguns indicadores sinalizam que a retomada do crescimento começa a ganhar consistência. No terceiro trimestre, os investimentos, por exemplo, registraram a primeira alta (1,6%) ante o trimestre anterior, após 15 quedas seguidas. O consumo das famílias, impulsionado pela melhora no mercado de trabalho, entre outros fatores, repetiu o ritmo de crescimento (1,2%) do segundo trimestre. Com esse cenário, o mercado já fala em alta do PIB no ano até superior a 1%.
“O índice de difusão do PIB, que calcula quantos segmentos cresceram, tem acelerado nos últimos trimestres e hoje quase 80% dos diversos segmentos estão crescendo, número semelhante ao que se tinha antes da crise”, disse o economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale. Na comparação com o terceiro trimestre de 2016, a alta foi de 1,4%, melhor desempenho desde o início de 2014.
No acumulado de janeiro a setembro, a economia cresceu 0,6%, número comemorado pelo governo. “Esse número já supera a previsão inicial dos economistas para 2017”, disse o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. De fato, em janeiro, a projeção dos analistas ouvidos no Boletim Focus, do Banco Central, era de crescimento de 0,5% no ano.
Pesquisa feita ontem pelo Projeções Broadcast com analistas de mercado aponta agora para um crescimento de 1% no ano, na média – em setembro, essa média estava em 0,6%.
A perda de ritmo de crescimento ao longo do ano (de 1,3% para 0,7% e, agora, 0,1%) se deveu em grande parte ao desempenho da agropecuária, cujo avanço foi concentrado no primeiro semestre – no terceiro trimestre, caiu 3%. Isso ocorre porque as principais safras do País, como soja e milho, são colhidas na primeira metade do ano. Mas, no acumulado de 2017, a agropecuária continua como o grande destaque, ressaltou a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.
Para a economista Monica de Bolle, a economia pode mesmo ganhar alguma tração agora, mas há fatores que devem limitar isso. “Os ruídos políticos nem começaram. Não sabemos ainda o tamanho da disputa eleitoral (de 2018) e não temos noção do seu impacto sobre a economia.”
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