domingo, 14 de abril de 2013

Próximo a Campos, PPS aprova fusão com PMN

Congresso extraordinário ocorre na quarta-feira para oficializar decisão

Isabel Braga

BRASÍLIA - O PPS corre contra o tempo para oficializar a fusão com o PMN já na próxima semana de olho na mobilização dos partidos governistas em favor do projeto que limita os direitos das novas legendas ao fundo partidário e ao tempo de propaganda política no rádio e na TV. Em reunião realizada na tarde de ontem, o partido aprovou a fusão. A ideia do PPS é garantir que a operação se concretize antes da aprovação deste projeto.

A fusão e a criação da nova legenda abrirão janela para que deputados e políticos que estão insatisfeitos em seus partidos migrem para o novo grupo, sem o risco de perder o mandato e ainda levando o percentual do fundo e o tempo de TV proporcionais aos votos que receberam. Nos bastidores, a expectativa é de que pelo menos 15 deputados aproveitem a janela.

A nova legenda surge como uma força importante e poderá fortalecer a candidatura à Presidência da República do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). O governo tentou, em manobra na última semana, aprovar a urgência do projeto que limita os direitos das novas legendas. Os partidos contrários à aprovação da nova regra reagiram, acusando o PMDB e o PT de golpismo. A urgência acabou não sendo aprovada porque faltaram dez votos, mas os líderes já se articularam para votar a proposta esta semana. o projeto também pode prejudicar a candidatura da ex-senadora Marina Silva, que tenta criar a Rede.

O PPS já convocou Congresso extraordinário do Diretório Nacional para a próxima quarta-feira, dia 17, onde devem oficializar a fusão. A ideia é que o PMN também realize, na quarta-feira, sua convenção e aprove a fusão. As duas atas têm que ser registradas em cartório e entregues ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

- O que nos motiva é apostar numa nova formação política capaz de aglutinar as forças de oposição - afirmou o presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (SP).

Fonte: O Globo

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