• Índice medido por pesquisa em dezembro é o mais alto desde que o levantamento começou a ser feito, em 1989
• Preferência pela democracia é maior entre mais instruídos e indiferença cresce entre os menos escolarizados
- Folha de S. Paulo
SÃO PAULO - A eleição presidencial deste ano, uma das mais acirradas desde 1989, exerceu efeito positivo sobre a relação da população brasileira com o regime democrático.
Desde aquele ano, quando o Datafolha começou a medir a confiança do povo com o regime recém-consolidado, o maior índice foi registrado no último levantamento, feito nos dias 2 e 3 de dezembro, no qual 66% dos entrevistados disseram acreditar que a democracia é sempre melhor do que qualquer outra forma de governo.
Como consequência, caiu para 15% o número de pesquisados que disseram não se importar se o regime político é uma democracia ou uma ditadura. Este indicador só não é menor do que o observado na pesquisa feita em março de 1993, quando 14% dos deram essa opinião.
Outros 12% disseram que, em certas circunstâncias, é melhor uma ditadura do que um regime democrático. Não souberam responder 7%.
O recorte que considera o grau de instrução dos entrevistados mostra que, entre aqueles que estudaram até o ensino fundamental, 57% acreditam que a democracia é sempre a melhor forma de governo --uma queda de nove pontos percentuais em relação à média da pesquisa.
Ainda nesta faixa, sobe para 19% o índice dos que avaliam que tanto faz se o regime político é uma democracia ou um ditadura --quatro pontos acima da média.
Entre os que completaram o ensino superior, a tendência se inverte e 80% avaliam que a democracia é sempre a melhor forma de governo e 7% dizem preferir ditadura.
O levantamento entrevistou 2.896 pessoas em 173 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais.
Resultado era esperado, diz Tucano
O senador Aloysio Nunes disse que era esperado o dado do Datafolha segundo o qual 68% responsabiliza Dilma pelo caso Petrobras: "O povo não é bobo." Já o senador petista Jorge Viana lembra que a popularidade da presidente é maior que a de FHC antes de seu segundo mandato.
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