“Não, nós, os filhos da grande revolução moral do século XIX, assentamos as tendas de viagem sobre a montanha que domina a planície estreita ocupada pelos prejuízos. Para nós, só há uma política possível, um dever, um culto: melhorar a sorte do povo. Mas como? Observando a lei da natureza, isto é, fecundando as fontes vivas do trabalho, instrumento divino do progresso humano; isto é, restituindo à indústria a sua liberdade, a liberdade, sim! Porque ela quer dizer concorrência universal, a multiplicidade das transações, a barateza dos serviços, a facilidade dos transportes, a comodidade da vida. Falemos hoje da baixa dos impostos, do limite nas despesas, do comércio livre, da navegação desimpedida, a questão de vida e de morte que já foram outrora o processo público, o julgamento pelo júri, o direito eletivo, as liberdades políticas. Tudo se prende nessa longa série de ideias. Sua fórmula geral, a liberdade. Seu resultado final, o bem do povo.”
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Tavares Bastos, Aureliano Cândido (20/04/1839-03/12/1875), escritor, jornalista, historiador e parlamentar. Prefácio das Cartas do Solitário, 3ª edição vol. 115 da Brasiliana, São Paulo 1938.
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