terça-feira, 4 de março de 2025

Poesia | A Colombina baunilha - Marcelo Mário de Melo

Com olhos de adereço

chuva fina de confete

caracóis de serpentina

respingos de frevo e festa

a Colombina aflorou

arrastando pelos olhos

a gestos de enleio e dança

um Pierrot solitário.


Mas as flechas e o sinete

nas trilhas do encantamento

vieram pelo aroma

que brotou da Colombina:

sumos de suor sorvete

mulher cheirando a baunilha.

 

Ao fim do reino de Momo

no silêncio dos clarins

restou um Pierrot rendido

cheirando fios de lembrança.

Nenhum comentário: