terça-feira, 14 de agosto de 2012

Eduardo Campos acredita em vitória em 1º turno do PSB no Recife

Vandson Lima

SÃO PAULO - O governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, ironizou ontem os ataques que vem recebendo do PT em Recife (PE), onde os dois partidos romperam e lançaram candidaturas separadas à prefeitura: "Cada um faz a campanha que sabe fazer, né?" Campos argumentou que seu partido sempre apoiou a administração do PT, que já dura 12 anos, mesmo quando não participava da gestão e reconhece que houve avanços no período.

Sobre a possibilidade de a animosidade crescente entre os dois partidos impossibilitar eventuais apoios em um segundo turno, deixou no ar que acredita que seu candidato, Geraldo Júlio, pode vencer a disputa antes disso. "Aonde vai ter segundo turno? Em muito lugar não vai ter. Estamos concluindo a primeira fase da campanha no Recife achando que ganhamos o primeiro round. Vamos para o segundo, que é a televisão".

Sobre as tentativas do PT de barrar o uso de imagens do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff em campanhas políticas de outros partidos, Campos disse estar fazendo exatamente o contrário. "Eu lá [em Pernambuco] tomei uma decisão no sentido oposto. Outro dia recebi um telefonema de uma prefeita do PT, que foi ao meu encontro dizer que o pessoal do PSB não queria que ela fizesse foto comigo. Eu disse "de maneira nenhuma", você é minha companheira. Até porque essa eleição vai passar e vai vir outra". Para Campos, os dirigentes têm que ter uma visão diferente do "da torcida". "Tenho que ver na perspectiva da história. Da que nos trouxe até aqui e da que vai nos levar mais adiante. Amanhã, em 2014, nós vamos estar batendo na porta de todos esses companheiros pedindo para nos ajudar."

O governador não se mostrou satisfeito com a reafirmação do acordo entre PT e PMDB para fazerem do deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) o próximo presidente da Câmara. Mais que isso, Campos não ofereceu qualquer garantia de que seu partido apoiará a escolha. "É um assunto que cabe à bancada do PSB discutir. O próprio Henrique me procurou, na véspera do acordo, dizendo que haveria essa reunião para desfazer uma série de notícias que vinham sendo veiculadas de que o acordo não seria honrado. Mas todos sabem que nós não participamos desse acordo lá em 2010", afirmou o governador, que foi homenageado ontem em São Paulo pela Ordem dos Economistas do Brasil (OEB) e pelo Conselho Regional de Economia de São Paulo (Corecon-SP), durante a comemoração do Dia do Economista.

FONTE: VALOR ECONÔMICO

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