Senador tucano e provável candidato à Presidência disse que PSDB vai se reunir em fevereiro para chancelar coligações estaduais para as eleições de outubro
Ricardo Brito
BRASÍLIA - O provável candidato do PSDB à Presidência, senador Aécio Neves (MG), afirmou na tarde desta terça-feira, 14, que o PSB é quem mais sairá perdendo, caso o partido aceite o veto proposto pela ex-ministra Marina Silva a apoiar a candidatura à reeleição do governador de São Paulo, o tucano Geraldo Alckmin.
Na segunda, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, transmitiu a integrantes da Rede Sustentabilidade que aceita o veto de Marina desde que a ex-ministra antecipe o anúncio de que será sua vice na disputa pela Presidência da República. A intenção é que isso ocorra já no próximo mês.
"Se houver veto, altera o quadro, em prejuízo maior do próprio PSB", afirmou Aécio Neves, em entrevista coletiva na sede nacional do PSDB em Brasília, na qual falou principalmente das ações do partido após o episódio de retenção de recursos da poupança da Caixa de correntistas que tiveram suas contas canceladas por irregularidades cadastrais.
O tucano aproveitou a coletiva para anunciar que, em fevereiro, a direção nacional do PSDB vai se reunir para chancelar todas as coligações estaduais que serão firmadas com vistas às eleições de outubro.
Aécio comentou que toda decisão tomada "a fórceps" é artificial e, na opinião dele, imposições na política não trazem "bons resultados". Contudo, o presidente do partido destacou que, no que depender dele, o PSB continuará aliado ao governador paulista. Ele ressalvou que a negociação em São Paulo será conduzida pelas lideranças do partido no Estado.
O tucano disse que já fez avaliações de que em pelo menos 15 Estados PSDB e PSB podem firmar alianças eleitorais e, se "empurrarmos um pouco", os acordos entre os dois partidos podem chegar a 20 unidades da federação.
Aécio Neves disse que o PSDB "estará competitivo" na campanha eleitoral, em condições de disputar com o PT, principal adversário. Para ele, seria um "prazer" dividir palanque com Eduardo Campos e, na sua "modesta opinião", a aliança deve continuar. "Tenho estimulado que possamos respeitar as decisões locais", observou.
Fonte: O Estado de S. Paulo
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